Alemães investem 7,8 milhões de euros em combustível de aviação brasileiro
Além de Narandiba, a agência já apoia iniciativas semelhantes em Natal, Goiânia e Foz do Iguaçu (PR)
247 - No dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Combustível do Futuro, a Alemanha deu mais um passo em direção à descarbonização aérea. Em 8 de outubro, a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) firmou um acordo para construir, em São Paulo, uma fábrica de SAF (combustível sustentável de aviação). O projeto, que representa um investimento de 7,8 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões), busca posicionar o Brasil como um líder global na produção desse recurso estratégico. As informações são do jornal Folha de S.Paulo;
A iniciativa será conduzida em parceria com a empresa Geo Biogás & Carbon, especializada em biocombustíveis e energia limpa. Com inauguração prevista para 2025, a unidade-piloto, localizada em Narandiba (SP), deverá produzir 270 mil litros anuais de SAF, um combustível capaz de reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao querosene tradicional usado pela aviação.
Brasil como pioneiro na descarbonização
A GIZ, ligada ao Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha, vê o Brasil como peça-chave na expansão do SAF. "Não existe, no meu conhecimento, algum outro país que tenha esta combinação de energia renovável, um potencial enorme, e, ao mesmo tempo, esse carbono que precisamos para a produção não só de SAF, mas também de outros produtos, como metanol verde", afirmou Markus Francke, diretor do projeto H2Brasil.
Além de Narandiba, a agência já apoia iniciativas semelhantes em Natal, Goiânia e Foz do Iguaçu (PR). Esses projetos utilizam diferentes matérias-primas, como glicerina, um subproduto do biodiesel, e resíduos agroindustriais. No caso da fábrica paulista, o biogás será a principal fonte de carbono.
"O Brasil é único por sua posição geográfica, energia renovável em abundância e capacidade de produção agrícola", destacou Francke. Ele ainda reforçou que o objetivo da GIZ é "testar a metodologia e desenvolver um modelo de produção em escala comercial", possibilitando que a tecnologia seja replicada em outros países, incluindo a Alemanha.
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