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    “Ao menos 12 milhões de carros estão parados em pátios, contaminando o solo e proliferando a dengue”, alerta especialista

    Arthur Rufino criou startup focada em economia circular que conecta proprietários de frotas a negócios de reciclagem automotiva

    Arthur Rufino, CEO da Octa Economia Circular, startup focada em economia circular que conecta proprietários de frotas a negócios de reciclagem automotiva (Foto: Divulgação)

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    Beatriz Bevilaqua, 247 – Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota nacional de carros é de 58 milhões. Já parou para pensar no impacto ambiental destes veículos durante e após seu tempo de vida útil? 

    No episódio desta semana do "Brasil Sustentável", da TV 247, entrevistamos Arthur Rufino, CEO da Octa Economia Circular, startup focada em economia circular que conecta proprietários de frotas a negócios de reciclagem automotiva, promovendo a reutilização de peças e a redução de CO2. Ele também é autor do livro “Inovação para Não Inovadores”.

    “Desmontar um veículo para reutilizar suas peças pode evitar a emissão de até 3,7 toneladas de CO2, que seriam liberadas pela produção de novas peças. No Brasil, há uma 'mina urbana' composta por mais de 20 milhões de veículos que já deveriam ter sido desmontados. Para gerenciar adequadamente a frota nacional de cerca de 100 milhões de veículos, o país deveria desmontar cerca de 5 milhões de carros anualmente”, alerta Arthur. 

    Enquanto países como Estados Unidos, Europa e Japão reciclam cerca de 5% de sua frota de veículos, no Brasil esse índice é apenas 0,5%. Além de não renovarmos adequadamente a frota, a baixa oferta de peças recicladas para os consumidores agrava o problema. “Atualmente, há uma estimativa de 12 milhões de automóveis apreendidos e parados em pátios, gerando contaminação do solo, proliferação de dengue e outros problemas”, disse Arthur.

    No Brasil, a apreensão de veículos foi interrompida em muitos estados devido à falta de espaço para armazená-los. Como resultado, esses carros continuam circulando inadequadamente, sem pagar impostos e gerando mais poluição. O impacto ambiental é significativo, especialmente pela falta de desmontagem: se estivéssemos desmontando 5 milhões de veículos por ano, estaríamos evitando a emissão de toneladas de CO2. 

    “Além disso, o impacto social é relevante, pois a falta de um mercado bem estruturado impede que peças usadas cheguem aos consumidores, dificultando a manutenção de veículos com mais de 8 a 10 anos, que frequentemente enfrentam altos custos e baixa disponibilidade de peças”, explicou.

    Veja a entrevista completa:

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