BNDES aprova financiamento de R$ 690 milhões para complexo eólico no RN

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 690 milhões para a construção de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, que integram o complexo Serra do Tigre. O valor, segundo a Folha de S. Paulo, será repassado à TGR Subholding 1 S.A., subsidiária da Casa dos Ventos, empresa responsável pelo empreendimento. Os dois parques contemplados — Ventos de São Rafael 03 e 06 — serão instalados nos municípios de Campo Redondo, Currais Novos, Lajes Pintadas e São Tomé, compondo parte do megacomplexo eólico que contará, ao todo, com 12 parques e capacidade instalada de 756 MW (megawatts).

A maior parte do financiamento, R$ 500 milhões, será destinada por meio do Fundo Clima, operado pelo BNDES. Os R$ 190 milhões restantes vêm do programa BNDES Finem, voltado a iniciativas que aumentem a capacidade produtiva do país em setores estratégicos. O investimento total estimado do projeto é de R$ 889,4 milhões.

Ainda de acordo com a reportagem, além das turbinas, o financiamento inclui o sistema de transmissão necessário para escoar a energia produzida, com duas linhas de 114 km e 25 km de extensão, além de duas subestações coletoras. A construção do complexo teve início no quarto trimestre de 2023 e a previsão é de que a operação comercial esteja em pleno funcionamento no início de 2026.

Segundo o BNDES, o projeto deverá gerar cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos durante a fase de implantação. Para o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o investimento está alinhado com a missão institucional de impulsionar a transição energética no Brasil.

“O projeto aprovado para o complexo Serra do Tigre está em linha com a missão do banco de contribuir com a diversificação da matriz energética brasileira”, afirmou Mercadante em nota oficial. Já o diretor financeiro da Casa dos Ventos, Ivan Hong, disse que “o empreendimento será um dos maiores do Brasil e um incremento importante para a matriz elétrica renovável”.

A iniciativa também reflete a política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fortalecer o papel do BNDES como catalisador de investimentos estratégicos para o país através de setores prioritários como inovação, infraestrutura verde e transição energética.