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    Brasil apresenta pacto global para transição energética justa durante a COP29

    Documento propõe ações para segurança energética e acesso universal à energia limpa com metas inclusivas e sustentáveis

    Linhas de transmissão de energia da hidrelétrica de Guri, na Venezuela (Foto: REUTERS/Jorge Silva)

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    247 - Durante a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, líderes globais lançaram o Pacto Global para Transições Energéticas Justas e Inclusivas, um marco na agenda climática e energética internacional. O documento, que consolida os Princípios para Transições Energéticas Justas e Inclusivas, aprovados na reunião de ministros de energia do G20 em outubro, visa ampliar a segurança energética global e acelerar a implementação de transições sustentáveis, acessíveis e inclusivas. 

    Entre os destaques, o pacto reforça o compromisso com a erradicação da pobreza energética e promove o diálogo social e a participação de múltiplas partes interessadas no desenvolvimento e execução de políticas energéticas. "O Brasil deseja se firmar como um grande aliado dos países nessa luta essencial para um futuro mais justo e sustentável", afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que liderou o anúncio oficial do pacto. Ele ressaltou o papel transformador da tecnologia no combate às desigualdades energéticas.

    A iniciativa, organizada pela Sustainable Energy for All (SEforALL), entidade ligada à ONU, amplia a participação para além do G20, permitindo que empresas e associações do setor privado também assumam compromissos em prol de uma transição energética global mais justa.

    Lançamento de roteiro para energia limpa em países em desenvolvimento - Paralelamente, a presidência brasileira do G20, em parceria com a Agência Internacional de Energia (IEA), apresentou o Roteiro para Aumentar o Investimento em Energia Limpa em Países em Desenvolvimento. A iniciativa oferece um plano detalhado para enfrentar desafios críticos que dificultam o avanço da energia limpa em regiões vulneráveis, como a necessidade de aumentar os investimentos no setor em mais de seis vezes até 2035.

    O roteiro não apenas aborda os obstáculos financeiros que comprometem o potencial de países em desenvolvimento, mas também propõe soluções práticas. Recomendações como redução de custos de financiamento, incentivo a mecanismos de compartilhamento de riscos e a criação de ambientes políticos favoráveis estão no centro das diretrizes, com prazos definidos para implementação. "Os gargalos de financiamento podem comprometer de diferentes formas as ambições dos países, e isso precisa mudar", enfatizou o ministro Silveira.

    Repercussão internacional e papel do Brasil - Com o lançamento dessas iniciativas, o Brasil consolida sua liderança na agenda global de transição energética e posiciona o tema como prioridade nas negociações climáticas. A atuação brasileira durante a COP29 reflete o compromisso do governo do presidente Lula (PT) em avançar na luta contra as desigualdades climáticas e energéticas.

    O pacto e o roteiro são vistos como ferramentas estratégicas para mobilizar recursos, atrair investimentos e construir um futuro energético sustentável. Observadores destacam que as propostas chegam em um momento crucial, com o mundo atento aos resultados da COP29 e às implicações das mudanças climáticas globais.

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