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    Brasil concilia segurança e transição energética sem contradições, diz Mariana Espécie

    Assessora especial do MME destaca complementaridade entre sustentabilidade e abastecimento e cita biocombustíveis como exemplo de equilíbrio energético

    Assessora especial do Ministro de Minas e Energia, Mariana Espécie, ao lado do diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, João Marcos Paes Leme (Foto: Audiovisual BRICS Brasil)
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    247 - A segurança energética e a transição para fontes sustentáveis não são processos opostos, mas complementares. Essa é a visão da assessora especial do Ministério de Minas e Energia (MME), Mariana Espécie, que participou de uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), ao lado do diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, João Marcos Paes Leme. O encontro ocorreu após a primeira Reunião de Energia do BRICS, realizada em Brasília.

    Segundo Mariana, o Brasil está bem posicionado nesse processo, com uma matriz elétrica que é quase 90% renovável e, ao mesmo tempo, garante estabilidade no abastecimento. “Chega energia na casa das pessoas, mas isso não significa que eventualmente eu tenha que lançar mão, por exemplo, de utilizar algum grau de combustível fóssil para garantir o suprimento. Principalmente onde o fornecimento da energia elétrica vem de parques eólicos e painéis fotovoltaicos, que apresentam uma variação muito grande na geração de energia”, explicou.

    A assessora destacou que a evolução da transição energética depende de fatores como viabilidade tecnológica e custo-benefício. "Para a população em geral, é muito mais fácil adotar um veículo flex do que comprar um veículo elétrico, por exemplo", afirmou. Segundo ela, o Brasil tem conseguido equilibrar as duas dimensões ao adotar os biocombustíveis como alternativa aos combustíveis fósseis, garantindo sustentabilidade sem comprometer o abastecimento.

    Já João Marcos Paes Leme ressaltou que um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU prevê o fornecimento de energia considerando aspectos econômicos, sociais e ambientais. “O Brasil é prova de que não há contradição nisso, você vai ter que encontrar gradualmente soluções de descarbonização tanto pela questão da mudança do clima quanto da própria finitude dos combustíveis que, hoje em dia, são a base dos setores energéticos em muitos países”, afirmou. Ele acrescentou que a produção crescente de combustíveis sustentáveis reduz a dependência dos fósseis e gera oportunidades econômicas.

    O Ministério de Minas e Energia, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), coordena a cooperação energética do BRICS e trabalha na elaboração de dois relatórios que serão apresentados na reunião de ministros de energia do grupo, em maio. Um dos documentos abordará o desenvolvimento de combustíveis novos e sustentáveis, enquanto o outro tratará do acesso a serviços energéticos.

    Mariana Espécie mencionou que a escassez de energia e práticas não seguras de cozimento ainda são desafios em alguns países do BRICS. Como alternativa, citou o Programa Luz para Todos como um modelo que pode ser compartilhado. “A ideia desse relatório é ser esse repositório de políticas que podem ajudar vários desses países a enxergarem outros caminhos, inclusive até mobilizar outros atores importantes nessa discussão, como bancos multilaterais e organismos voltados para filantropia”, concluiu.

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