Enio Verri defende papel das hidrelétricas para garantir segurança energética no país

247 - Durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2025, realizado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, ressaltou o papel estratégico das hidrelétricas no futuro do setor elétrico nacional. Em painel promovido pela Forbes, com apoio da Dominium Produções, Verri afirmou que a energia firme, fornecida por hidrelétricas como Itaipu, será essencial para assegurar a estabilidade do sistema diante da crescente participação de fontes intermitentes, como a solar e a eólica.

“A atualização tecnológica pela qual a usina está passando vai permitir que possamos produzir cada vez mais energia com as mesmas estruturas que temos”, declarou. “É preciso aplicar o avanço da ciência e da tecnologia para que nossas unidades geradoras possam produzir cada vez mais, permitindo, inclusive, uma redução no preço da energia em todo o Brasil.”

Segundo Verri, a confiabilidade da energia hidrelétrica será ainda mais relevante em um cenário de transformação no ambiente de contratação e avanço de novos arranjos tecnológicos. “Com o aumento da energia intermitente, em especial as fotovoltaicas e as eólicas, mais do que nunca, para garantir a manutenção da energia elétrica no país, é preciso que a energia seja firme, e quem produz energia firme são as hidrelétricas”, afirmou o diretor.

O diretor financeiro da Itaipu, André Pepitone, também acompanhou o painel, ao lado de assessores. A usina tem investido em um amplo programa de modernização de suas 20 unidades geradoras, com foco na digitalização e no aumento da eficiência operacional — processo que, segundo Verri, deve contribuir para uma matriz energética mais competitiva e estável.

O painel “Qual o futuro do setor elétrico com as mudanças no ambiente de contratação, novos arranjos e com os avanços tecnológicos? Visão dos CEOs” reuniu outros importantes nomes do setor, como Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras; Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil; Antonio Scala, diretor-presidente da Enel Brasil; Fabio Zanfelice, CEO da Auren; Gustavo Estrella, CEO da CPFL; e Lino Cançado, CEO da Eneva. A mediação ficou a cargo de Elisa Bastos, diretora de Assuntos Corporativos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O evento segue até esta sexta-feira (11), no Hotel Fairmont, com debates sobre ESG, os caminhos para um novo modelo de mercado, as perspectivas para leilões, expansão da geração distribuída, fusões e aquisições, além da análise dos principais projetos do setor elétrico em tramitação no Congresso Nacional.