Escola pública de Guaíra usa biodigestor para merenda e ensina sustentabilidade

247 - Na Escola Municipal Maria Leônia, em Guaíra (PR), a merenda escolar agora é preparada com gás gerado a partir de resíduos orgânicos. O biodigestor instalado na unidade transforma restos de comida em biogás, proporcionando economia para a escola e promovendo uma experiência prática de educação ambiental para os alunos. O equipamento foi adquirido pela prefeitura com recursos do programa Itaipu Mais que Energia, da Itaipu Binacional, em parceria com a Caixa Econômica Federal.

“Além de economizar na conta do gás, o biodigestor é uma ferramenta de práticas pedagógicas”, explica Marlene Dallacosta, coordenadora de Gerenciamento e Regulamentação de Resíduos Sólidos e educadora ambiental do município. “Os alunos aprendem como funciona, entendem que o gás utilizado para preparar a merenda vem desse processo e percebem a importância da sustentabilidade.” Segundo Marlene, o resíduo sólido gerado no biodigestor também tem utilidade: “Ele é usado como fertilizante na horta escolar.”

A iniciativa tem despertado o interesse de outras escolas da região. O equipamento instalado na Escola Maria Leônia foi viabilizado por meio do Edital 1 do Itaipu Mais que Energia, com um investimento de R$ 16.900,00. O projeto abrange todo o Paraná e 35 municípios do Mato Grosso do Sul, incentivando soluções sustentáveis em diferentes setores.

Como funciona o biodigestor

O biodigestor acelera a decomposição de resíduos orgânicos em um ambiente sem oxigênio, gerando biogás e um material rico em nutrientes que pode ser utilizado como adubo. Além de substituir o gás de cozinha, o biogás pode ser refinado para se tornar biometano, utilizado como combustível veicular, ou ainda convertido em eletricidade.

Outro benefício do processo é a redução da emissão de metano, um dos gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. A destinação adequada dos resíduos também minimiza a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários ou descartado irregularmente no meio ambiente.

Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu, destaca que o apoio da empresa a projetos como esse gera impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais. “As alterações climáticas já se fazem presentes. Com o biodigestor na escola, Itaipu dá uma importante contribuição para que as crianças aprendam sobre as mudanças necessárias no nosso estilo de vida para diminuir as emissões e a poluição”, afirma.

Com o sucesso da iniciativa em Guaíra, a expectativa é que mais escolas adotem a tecnologia, consolidando o biodigestor como uma solução viável para reduzir custos e ampliar a conscientização ambiental entre os estudantes.