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Estudo apoiado pelo BNDES analisa potencial de florestas públicas em projetos de pagamento por serviços ambientais

Trabalho aponta que há cerca de 2,5 milhões de hectares em unidades de conservação e áreas não destinadas que poderiam ser usados para florestamento, reflorestamento e revegetação

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Agência BNDES - O BNDES divulgou nesta sexta-feira, dia 24, estudo que avalia o potencial de receita em pagamento por serviços ambientais (PSA) em florestas públicas e unidades de conversação no Brasil.

O trabalho aponta que há cerca de 2,5 milhões de hectares em unidades de conservação e áreas não destinadas que poderiam ser usadas em projetos de florestamento, reflorestamento e revegetação (ARR) e outros 63,2 milhões de hectares em iniciativas de redução de emissões por desmatamento evitado (REDD+), gerando receitas a partir de créditos de carbono.

Realizado com apoio do Banco por meio do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP), o estudo sinaliza que a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário seria a principal fonte de receita em projetos de PSA. Nesse contexto, o trabalho apresenta um mapeamento de áreas elegíveis cobrindo todos os biomas brasileiros, além de estimar o potencial em termos de créditos de carbono gerados (VCU, verified carbon units).

Segundo a análise, projetos de restauração florestal (ARR) poderiam gerar cerca de 776 milhões de VCUs ao longo de um período de trinta anos – ou 25,9 milhões, em média, anualmente –, em um investimento total estimado de até R$ 60 bilhões. O bioma Amazônia responderia por mais de 91% desse potencial (711 milhões de VCUs), com estados como Pará, Rondônia e Amazonas concentrando a maior parte das áreas públicas elegíveis. Já no Cerrado, cujo potencial seria de aproximadamente 48 milhões de VCUs, Tocantins e Mato Grosso seriam os principais beneficiados.

O mapa a seguir apresenta algumas das principais unidades de conservação identificadas pelo potencial de geração de crédito de carbono em projetos de ARR:

mapa

No caso dos projetos de REDD+, o trabalho apresenta dois cenários distintos, que mostram como áreas de floresta pública no bioma Amazônia poderiam gerar receita pela conservação do estoque de carbono. A partir das 162 florestas públicas federais analisadas, o estudo conclui que poderiam ser originados entre 14,5 milhões e 33,9 milhões de VCUs por ano, especialmente em estados como Pará, Amazonas, Acre e Rondônia. O mapa a seguir mostra os diferentes tipos de floresta pública elegíveis.

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A publicação reforça que as parcerias público-privadas em projetos de PSA são uma linha de atuação estratégica para a conservação e restauração em áreas de floresta pública.

Acesse aqui a publicação completa.

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