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    Marina destaca responsabilidade dos países do G20 na liderança contra a mudança climática

    Ministra defende ação urgente do G20 para enfrentar crise climática e perda de biodiversidade em reunião ministerial no Rio de Janeiro

    Marina Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou nesta quinta-feira (3/10) a responsabilidade dos países do G20 em liderar o combate à emergência climática, além de outras crises ambientais como a perda de biodiversidade e a desertificação. A declaração foi feita durante a abertura da reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

    Ao discursar, Marina Silva destacou que os países membros do G20 concentram 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e são responsáveis por aproximadamente 80% das emissões globais de gases de efeito estufa. "Os países integrantes do G20 têm grande responsabilidade e a oportunidade de fazerem a diferença. Eles devem liderar o enfrentamento à crise climática e às demais crises ambientais em curso", afirmou a ministra, conforme publicado pela assessoria do Ministério do Meio Ambiente.

    A reunião contou com a presença de ministros e vice-ministros de 17 países, incluindo membros do G20, nações convidadas e representantes de organizações internacionais. Entre os principais temas discutidos, estavam a adaptação à mudança climática, o pagamento por serviços ambientais, os oceanos e a economia circular.

    Crise climática afeta desproporcionalmente os vulneráveis

    Marina também fez questão de destacar os efeitos cada vez mais severos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. "O Brasil enfrentou uma enchente histórica na região Sul em 2024, que afetou diretamente 2,1 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, nas demais regiões de nosso país, estamos lidando com uma seca intensa, que afeta nossa produção agropecuária e nosso sistema de produção de energia hidrelétrica", disse. A ministra ainda ressaltou os incêndios provocados pela estiagem recorde em biomas como Amazônia, Cerrado e Pantanal.

    Os países presentes na reunião ministerial apoiaram a proposta de integrar ações climáticas com estratégias de desenvolvimento e financiamento, tanto público quanto privado. "Definimos estratégias para apoiar políticas nacionais de adaptação e de transição justa", disse Marina, destacando o compromisso dos países com a implementação do Acordo sobre Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade Marinha, aprovado em 2023.

    Pagamentos por serviços ambientais e economia circular em pauta

    Outro ponto importante da reunião foi o reconhecimento do potencial dos pagamentos por serviços ambientais como uma ferramenta para a preservação dos ecossistemas. O grupo ministerial também reforçou a importância de mobilizar recursos para essas ações e destacou o papel essencial das populações indígenas e comunidades tradicionais na proteção ambiental.

    Quanto à economia circular e gestão de resíduos sólidos, Marina Silva ressaltou a necessidade de promover políticas públicas que impulsionem a inclusão social, com foco na geração de empregos de qualidade e na transição para um modelo econômico mais sustentável. "Reafirmamos a importância de reduzir a geração de resíduos e a perda de alimentos, enquanto promovemos um modelo econômico mais justo, resiliente e sustentável", afirmou.

    A reunião do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática começou oficialmente em janeiro, com encontros virtuais, e seguiu ao longo do ano com debates presenciais em Brasília e Manaus, focando em temas como adaptação à mudança do clima, oceanos e pagamentos por serviços ambientais.

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