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    Nordeste lidera crescimento na aprovação de projetos do Fundo Clima

    Volume de crédito aprovado na região foi 36 vezes maior que em 2022. Em todo o país, Fundo Clima registrou R$ 10,2 bilhões em aprovações no último ano

    Parque Eólico de Guanambi. (Foto: Paula Fróes | GOVBA)
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    247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou 2024 com um recorde histórico na aprovação de recursos pelo Fundo Clima, totalizando R$ 10,2 bilhões em crédito. O volume é quase dez vezes maior do que o registrado no último ano do governo anterior, quando somou R$ 1,1 bilhão. O Nordeste se destacou como a região que mais avançou, com R$ 1,8 bilhão em projetos aprovados — um crescimento impressionante de 36 vezes em relação a 2022, quando foram liberados apenas R$ 51 milhões. Os dados foram divulgados pelo BNDES.

    A região concentra investimentos em projetos de energia renovável, especialmente eólica e solar, que devem adicionar cerca de 450 megawatts (MW) ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Além disso, os recursos viabilizam ações estratégicas em recursos hídricos no Ceará, reforçando a infraestrutura hídrica local. O crescimento expressivo no Nordeste foi seguido pelo Centro-Oeste, onde a aprovação de crédito pelo Fundo Clima chegou a R$ 2 bilhões, um aumento de 16,1 vezes em comparação com 2022.

    “O BNDES é o maior financiador de energia limpa do mundo, com mais de US$ 36 bilhões investidos no setor no Brasil desde 2004, segundo pesquisa da Bloomberg. Viabilizado com apoio do Ministério da Fazenda, o Fundo Clima nos permite aprofundar essa estratégia de fortalecimento da economia verde, da descarbonização e da sustentabilidade ambiental, principalmente neste cenário de crescimento global do negacionismo climático”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

    Outras regiões também registraram crescimento expressivo no volume de aprovações. O Sudeste foi o que mais recebeu recursos em termos absolutos, somando R$ 4,1 bilhões, um aumento de 7,7 vezes em relação a 2022. No Norte, os projetos aprovados chegaram a R$ 460 milhões, alta de 5,5 vezes, enquanto no Sul o volume atingiu R$ 1,6 bilhão, crescimento de 5,3 vezes.

    Criado em 2009, o Fundo Clima é uma das principais iniciativas nacionais de financiamento à mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Os recursos vêm da participação especial sobre a exploração de petróleo e outras fontes, sendo distribuídos em linhas reembolsáveis, via BNDES, e não reembolsáveis, por meio do Ministério do Meio Ambiente. O fundo tem sido essencial para fomentar projetos sustentáveis no país, contribuindo para a transição energética e a redução das emissões de carbono.

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