“Ou reduzimos a zero as nossas emissões de carbono, ou o planeta não resiste”, diz Hélio Costa

247 – Durante o LIDE Brazil Conference, realizado nesta terça-feira em Londres, o presidente do conselho de administração da Light, Hélio Costa, representando o investidor Nelson Tanure, fez um alerta contundente sobre os impactos da crise climática e energética. Em sua fala, ele enfatizou que, sem uma rápida transição para fontes renováveis e uma drástica redução nas emissões de carbono, as regiões mais produtivas do Brasil e do mundo podem enfrentar desertificação nas próximas décadas. “Em 50 anos, nossas regiões mais produtivas serão um deserto”, afirmou Costa, destacando as consequências devastadoras da inação climática.

Costa ressaltou o papel fundamental do Brasil na geração de energia limpa e no combate às emissões de carbono, sublinhando o compromisso da Light, que completará 120 anos no próximo ano. “A Light representa 98% de energia limpa em suas usinas, e, junto com outras empresas hidroelétricas, eólicas e solares no Brasil, colocamos o país numa posição privilegiada como líder em geração de energia sustentável”, disse, frisando a responsabilidade do país como “pulmão e celeiro do mundo”.

Ao longo do discurso, o presidente da Light trouxe dados alarmantes sobre o impacto das emissões: "São 50 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera todos os anos; uma fração dessa quantidade levará 10 mil anos para ser removida." Ele ressaltou a urgência de políticas que promovam a utilização de energia solar, eólica e novas tecnologias, como os projetos de energia com ondas marítimas e os avanços em reatores nucleares com urânio não enriquecido, que têm o apoio de personalidades como Bill Gates.

“Ou reduzimos a zero as nossas emissões de carbono, ou o planeta não resiste”, afirmou Costa. Ele finalizou sua fala alertando que, caso o cenário não se altere, "as regiões mais produtivas do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos enfrentarão desertificação, colocando em risco a segurança alimentar e a própria sobrevivência humana." Assista: