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      Petrobras reinjeta 14,2 milhões de toneladas de CO2 no pré-sal e lidera captura global

      Projeto no pré-sal representa 28% da capacidade mundial de captura de carbono em 2024, com expectativa de atingir 80 milhões de toneladas até 2025

      A plataforma P-74, que opera no pré-sal da Bacia de Santos, é uma das que capturam e reinjetam CO2. A tecnologia pioneira, presente em plataformas do pré-sal da Bacia de Santos, reduz as emissões de CO2 e otimiza a recuperação de óleo. (Foto: André Ribeiro /Agência Petrobras)
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      247 - A Petrobras reinjetou 14,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos em 2024, ultrapassando o volume de 13 milhões de toneladas registrado no ano anterior. Segundo informações do Global CCS Institute (GCCSI), o programa, pioneiro em águas ultraprofundas, representa o maior projeto em operação no mundo em termos de CO2 reinjetado anualmente. As formações rochosas do pré-sal oferecem condições ideais para o armazenamento permanente do gás, reduzindo significativamente o risco de vazamentos.

      O relatório mais recente do GCCSI revela que a capacidade total de injeção dos projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) em operação globalmente alcançou 51 milhões de toneladas de CO2 em 2024. Com isso, a reinjeção feita pela Petrobras no pré-sal corresponde a 28% dessa capacidade global, destacando o protagonismo brasileiro na mitigação de emissões de gases de efeito estufa.

      "A estratégia, que associa o CCUS à recuperação avançada de petróleo (EOR - Enhanced Oil Recovery), foi crucial para a Petrobras viabilizar a produção de petróleo com menor emissão por barril produzido. A média global de emissões por barril ainda é 70% superior à média do pré-sal", afirma Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.

      Atualmente, 22 plataformas do tipo FPSO (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência) operam no pré-sal da Bacia de Santos com sistemas de captura e reinjeção de CO2. Essa tecnologia, pioneira em águas ultraprofundas, permite não apenas a redução das emissões, mas também a otimização da recuperação de petróleo (CCUS-EOR), consolidando o Brasil na vanguarda da transição energética.

      Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, ressalta o potencial de crescimento do programa nos próximos anos. "Com a entrada em operação de novas unidades de produção, a perspectiva é de atingir a marca de 80 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas até o final de 2025", projeta o executivo.

      Desde o início das operações em 2008 até 2024, o volume acumulado de CO2 reinjetado no pré-sal totaliza 67,9 milhões de toneladas. O projeto exemplifica a capacidade do setor de petróleo e gás de aliar inovação tecnológica à sustentabilidade, alinhando-se aos compromissos globais de redução de emissões.

      O desempenho do programa de captura e armazenamento de carbono da Petrobras reforça o papel estratégico do pré-sal no cenário energético mundial. Além de contribuir para a descarbonização, a tecnologia aplicada pela estatal aumenta a eficiência na extração de petróleo, assegurando competitividade em um mercado cada vez mais voltado para a sustentabilidade.

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