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    Projeto de reflorestamento na caatinga fortalecerá reservas hídricas da região metropolitana de Fortaleza

    Iniciativa une BNDES, Grupo Heineken e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade em esforço pela recuperação ambiental

    Fortaleza (Foto: Agência Sebrae)
    Aquiles Lins avatar
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    247 - O primeiro projeto estruturado da iniciativa Floresta Viva no Ceará recebeu aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e terá como foco o restauro de áreas da Caatinga, bioma característico da região. Em parceria com o Grupo Heineken, a ação contará com um aporte de R$ 10 milhões, divididos igualmente entre as instituições, e será gerenciada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O prazo inicial do projeto é de quatro anos, com possibilidade de prorrogação.

    O projeto concentra-se no Parque Estadual das Águas, uma Unidade de Conservação estadual que circunda o sistema hídrico Pacoti, Riachão e Gavião, responsável pelo abastecimento de água para Fortaleza e sua região metropolitana. Essa iniciativa busca, sobretudo, recuperar áreas degradadas e preservar recursos hídricos essenciais.

    Mapeamento e áreas beneficiadas

    A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) desempenhou papel fundamental no mapeamento das áreas prioritárias para reflorestamento, utilizando aerolevantamentos realizados no entorno do açude Gavião no final de 2023. Além do Parque Estadual das Águas, o projeto também beneficiará outros territórios de relevância ecológica, como:

    • Corredor Ecológico do Rio Pacoti;
    • Áreas de proteção ambiental das serras de Baturité e Aratanha;
    • A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Chanceler Edson Queiroz;
    • A Terra Indígena Pitaguary;
    • A Terra Quilombola Alto Alegre.

    Essas áreas preservadas abrigam espécies raras, ameaçadas e endêmicas da Caatinga, além de possuírem uma riqueza cênica notável, formada por inselbergs (morrotes rochosos), vegetação nativa e açudes.

    Impactos ambientais e hídricos

    A recuperação dessas regiões terá efeitos diretos na conservação dos recursos hídricos, especialmente no combate à perda de cobertura florestal em áreas próximas aos açudes. Além disso, ajudará a mitigar os impactos do processo de urbanização, que frequentemente ameaça áreas de preservação ambiental.

    A iniciativa também promove a valorização da biodiversidade e reforça a importância da Caatinga, um bioma frequentemente negligenciado, mas essencial para o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das populações locais.

    Com o apoio do BNDES e do setor privado, o projeto reforça o compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, contribuindo para a segurança hídrica de milhões de pessoas na região metropolitana de Fortaleza.

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