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Acusado de assassinar agricultora militante do MST vai a julgamento por feminicídio em Goiás

Neura foi brutalmente assassinada no assentamento rural Dom Roriz, em Minaçu, há quase dois anos

Neurice Torres (Foto: Arquivo pessoal)

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247 - Nesta terça-feira (23), Sidrônio Alves irá a juri popular acusado pelo assassinato de Neurice Torres, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) conhecida como "Dona Neura", em Goiás. O julgamento ocorre a quase dois anos depois do feminicídio. Alves será julgado em Minaçu, extremo Norte do estado. 

Neura foi brutalmente assassinada no assentamento rural Dom Roriz, em Minaçu, onde morava, em 11 de setembro de 2022. Ela teria sido encontrada morta com a cabeça afundada numa caixa d’água e seminua.

Segundo Amélia Franz, da direção estadual do MST em Goiás, o movimento exige a condenação de Sidrônio Alves. “Nós, enquanto movimento social, deixamos claro que não permitiremos que a impunidade se faça presente e faremos todos os esforços para alcançarmos a justiça por Dona Neura”. De acordo com Franz, o MST planeja um ato em denúncia ao feminicídio em Minaçu durante o julgamento. 

Segundo o advogado que acompanha o caso, Allan Hanehmann Ferreira, "a expectativa dessa acusação é que a gente realize um julgamento limpo, que traga toda a verdade, que colham os depoimentos das testemunhas, os quais confirmam, com todos os indícios e provas, a autoria do homicídio realizado por Sidrônio". 

Desde sua captura em 8 de outubro de 2022, após 27 dias em fuga, o acusado está sob custódia devido à prisão preventiva decretada pela justiça.

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