Advogados e ativistas internacionais querem levar Bolsonaro à Corte de Haia por ecocídio
A desmoralização de Jair Bolsonaro cresce no exterior. Advogados e ativistas querem que o ocupante do Planalto vá, daqui a alguns anos, ser julgado na Corte de Haia por ecocídio. "Ele (Bolsonaro) se tornou o garoto-propaganda para a necessária qualificação do crime de ecocídio", declarou Jojo Mehta, uma das fundadoras do Stop Ecocide
247 - A desmoralização de Jair Bolsonaro cresce no exterior. Advogados e ativistas querem que o ocupante do Planalto vá, daqui a alguns anos, ser julgado na Corte de Haia por ecocídio, que representa a destruição intencional e indiscriminada do meio ambiente. Eles aguardam que o crime seja considerado tão grave quanto outros contra a humanidade, de acordo com o jornal americano The New York Times.
“Ele (Bolsonaro) se tornou o garoto-propaganda para a necessária qualificação do crime de ecocídio”, declarou Jojo Mehta, uma das fundadoras do Stop Ecocide, movimento que busca dar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) jurisdição para processar líderes mundiais e empresas que provoquem danos ao meio ambiente.
Se não bastasse o aumento acelerado do desmatamento, Bolsonaro colocou a culpa nos índios em em ONGs, durante um pronunciamento na Assembleia Geral da ONU, na semana passada.
"Clima seco favorece queimadas. Existem queimadas praticadas por índios", complementou.
O ocupante do Planalto criticou o que chamou de "ambientalismo radical e indigenismo ultrapassado", que, segundo ele, representam o "atraso".
Atacado por Bolsonaro, Raoni Metuktire, líder do povo indígena Kayapó, deixou um recado ao ocupante do Planalto, em artigo publicado no jornal The Guardian e tem uma advertência a Bolsonaro: "O que você está fazendo mudará o mundo inteiro e destruirá nossa casa – e destruirá sua casa também". E conclui: "Então você sentirá o medo que nós sentimos".
Nos oito meses até agosto, o desmatamento da Amazônia aumentou 92%, para 6.404,8 quilômetros quadrados, de acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Este ano Alemanha anunciou a suspensão de quase R$ 155 milhões destinados a projetos de preservação ambiental no Brasil e a Noruega anunciou o bloqueio de cerca de R$ 133 milhões, destinados ao Fundo Amazônia.
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