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    Agentes envolvidos em ação que terminou com jovem baleada na cabeça na véspera de Natal são afastados pela PRF

    A Polícia Federal realizou uma perícia no local e instaurou um inquérito para apurar os fatos

    Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 (Foto: Reprodução)

    247 - A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento preventivo dos agentes envolvidos em uma abordagem que resultou em uma jovem de 26 anos baleada na cabeça, nesta terça-feira (24). O caso ocorreu na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, conforme informou o G1.

    Em nota, a PRF lamentou o ocorrido e assegurou que os policiais foram retirados de todas as atividades operacionais. “Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, destacou o comunicado.

    A Polícia Federal realizou uma perícia no local e instaurou um inquérito para apurar os fatos. As armas dos agentes foram recolhidas para análise, e tanto os policiais quanto os familiares da vítima prestaram depoimento.

    Tragédia em trajeto para o Natal

    Juliana Leite Rangel estava com sua família a caminho de uma ceia de Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, quando o carro em que estava foi atingido por disparos. Segundo Alexandre Rangel, de 53 anos, pai da jovem e condutor do veículo, ele sinalizou com a seta para encostar ao ouvir a sirene policial, mas os agentes dispararam antes que houvesse qualquer abordagem.

    “Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, relatou Alexandre, ainda em choque.

    Juliana foi socorrida ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por uma cirurgia. De acordo com a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é gravíssimo. Alexandre também foi atingido por um tiro na mão esquerda, mas, sem fraturas, recebeu alta na noite do mesmo dia.

    Repercussão e busca por justiça

    A tragédia, ocorrida às vésperas do Natal, gerou grande comoção e questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos. Entidades de direitos humanos cobram apuração rigorosa do caso e responsabilização pelos disparos que deixaram a jovem em estado gravíssimo. A PRF reiterou seu compromisso com a transparência e o apoio às investigações conduzidas pela Polícia Federal.

    O caso reacende o debate sobre a formação e os protocolos de abordagem de forças policiais no Brasil, especialmente em contextos que envolvem famílias desarmadas e trajetos cotidianos. Enquanto isso, a família Rangel vive a angústia de esperar por respostas e pela recuperação de Juliana.

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