Ala do CNJ quer adiar julgamento sobre afastamentos da Lava Jato
O adiamento, porém, não altera o afastamento de Gabriela Hardt, Thompson Flores, Loraci Flores de Lima e Danilo Pereira Júnior
247 - Nesta terça-feira (16), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga três pautas relacionadas à Lava Jato, entre elas o afastamento de quatro magistrados, determinado pelo ministro Luís Felipe Salomão. Segundo Camila Bomfim, do g1, uma ala dentro do CNJ está defendendo a solicitação de um prazo adicional para análise do caso, o que poderia resultar no adiamento do julgamento.
Os conselheiros, caso façam o pedido de vista, estenderiam o prazo para avaliar os afastamentos determinados pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Salomão, na segunda-feira (15). Salomão tomou a decisão de afastar da judicatura a ex-titular da 13ª Vara de Curitiba Gabriela Hardt e três magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4): Thompson Flores, Loraci Flores de Lima e Danilo Pereira Júnior, até então juiz titular da 13ª Vara. O adiamento do julgamento, por outro lado, não alteraria o afastamento dos magistrados.
As alegações contra os quatro magistrados incluem suspeitas de burla à ordem processual, violação do código da magistratura, prevaricação e até mesmo desrespeito a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ala conservadora do CNJ argumenta que, mesmo sem uma mudança imediata na situação, é crucial que o conselho tenha acesso a todas as informações pertinentes ao caso para uma decisão mais embasada. Portanto, eles consideram necessário o prazo adicional para análise.
Esta ala ainda contesta a decisão de Salomão, alegando que os afastamentos foram feitos de forma precipitada. Para esses membros do conselho, foi surpreendente o corregedor decidir pelo afastamento um dia antes do tema ser discutido no plenário, onde uma medida semelhante poderia ter sido deliberada pelo colegiado.
Além disso, a ala conservadora do CNJ questiona o fato de Salomão ter disponibilizado apenas o relatório que será analisado em plenário, e não a investigação completa que embasou os afastamentos. Segundo eles, a falta de acesso ao material completo justificaria o pedido de prazo adicional.
Se o pedido for aceito, uma nova data para a análise será marcada, mantendo os magistrados afastados das atividades judiciais até lá.
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