Além da Fiocruz, STF fez o mesmo pedido ao Butantan de reserva de 7 mil doses da vacina a servidores
O mesmo ofício foi enviado pelo Supremo às duas instituições, requerendo a mesma quantidade de vacinas (de Oxford e a Coronavac) para imunizar os funcionários da corte. Presidente Luiz Fux disse não saber dos pedidos, mas foi desmentido pelo autor do requerimento
247 - Além de ter tentado reservar junto à Fiocruz sete mil doses da vacinas produzidas pela Oxford para seus servidores, o Supremo Tribunal Federal tentou o mesmo junto ao Instituto Butantan, que produz a vacina Coronavac em parceria com o laboratório chinês Sinovac, denunciou a Folha de S.Paulo.
O ofício obtido pelo jornal foi enviado ao diretor do instituto, Dimas Covas, no mesmo dia em que foi enviado à Fiocruz, em 30 de novembro. Nos dois casos, o pedido foi de sete mil doses.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, exonerou o autor do requerimento, Marco Polo Dias Freitas, alegando não ter conhecimento do pedido. O médico, que era secretário de serviços integrados de saúde do Tribunal, desmentiu o magistrado e disse que “superiores” sabiam do pedido.
Os argumentos do Supremo nos dois requerimentos são similares, segundo a reportagem da Folha. Um deles foi o de que a imunização do maior número possível de trabalhadores de ambas as casas, que desempenham papel fundamental no país e têm entre suas autoridades e colaboradores uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco.
O outro é que a realização da campanha pelo tribunal seria uma forma “de contribuir com o país nesse momento tão crítico da nossa história, pois ajudará a acelerar o processo de imunização da população e permitirá a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização”.
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