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    Alta rejeição a Bolsonaro faz com que setores do Centrão defendam apoio a Lula

    Bloco que apoia o governo no plano nacional começa a sofrer defecções, com lideranças aderindo a Lula

    Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

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    247 - A elevada rejeição a Jair Bolsonaro tem levado lideranças do Centrão a defender abertamente o abandono ao atual ocupante do Palácio do Planalto e o apoio ao ex-presidente Lula.

    Lideranças dos partidos nos estados, prefeitos e deputados avaliam que, os cenários estaduais, a popularidade de Lula, a perspectiva de vitória do líder petista já no primeiro turno da eleição presidencial e o negacionismo de Bolsonaro presidencial na pandemia devem decidir os rumos das alianças.

    Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro apontou que a atual gestão é rejeitada por 53% da população, o patamar mais alto desde o início do mandato. Na ocasião, Lula apareceu com 48% das intenções de voto, contra 22% de Bolsonaro. Há duas semanas, o mesmo instituto revelou que 58% dos brasileiros acreditam que o presidente atrapalhou a vacinação de crianças contra a Covid-19. Em função dos reflexos negativos da conduta, aliados vêm tentando demovê-lo das críticas insistentes à imunização — por ora, a iniciativa não alcançou sucesso.

    Reportagem do Globo mostra que os exemplos de debandada de setores do Centrão da candidatura de Bolsonaro vêm se avolumando pelo país. Prefeito de Nova Iguaçu, quarto maior colégio eleitoral do Rio, Rogério Lisboa (PP) vai apostar na dobradinha entre Lula e o governador Cláudio Castro, que tentará a reeleição pelo PL, sigla de Bolsonaro. 

    O ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), integrante do comitê de pré-campanha de Bolsonaro e presidente licenciado do PP, reconheceu a existência de um movimento interno de defecção. 

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