Amapá: polícia descarta que raio causou incêndio em transformador que provocou apagão
A investigação foi conduzida pela Deccon, que pediu bloqueio de R$ 500 milhões das contas da concessionária que opera a subestação que pegou fogo para reparação de danos ao consumidores. A Justiça estadual bloqueou apenas R$ 50 milhões
247 - Investigação inicial da Polícia Civil no Amapá descartou que o transformador que atende 13 das 16 cidades do estado tenha sido atingido por um raio e que o fogo começou em uma bucha, causando os danos que levaram ao apagão.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (Deccon), que pediu bloqueio de R$ 500 milhões das contas da concessionária que opera a subestação que pegou fogo para reparação de danos ao consumidores. A Justiça estadual bloqueou apenas R$ 50 milhões. Ninguém foi preso até agora.
"De antemão o perito emitiu uma constatação preliminar informando que o problema ocorreu em uma das buchas do transformador. E isso gerou o incêndio e esse incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros. A empresa não possuía uma guarnição que pudesse, naquele momento, fazer a contenção do fogo. O transformador que pegou fogo, gerou uma sobrecarga para o segundo, esse segundo foi danificado e o terceiro já estava sem funcionamento", detalhou a delegada Janeci Monteiro.
Com falta de energia, que impossibilita a realização das mais básicas ações cotidianas (como sacar dinheiro em caixa eletrônico ou usar cartão de crédito/débito) e dificulta o trabalho dos profissionais da Saúde em cuidar de pacientes com Covid-19 e outros problemas, a capital do estado, Macapá, tem sido alvo de intensos protestos, com muita repressão policial.
A empresa responsável pela energia no Amapá é a espanhola Isolux, mas quem está fazendo o conserto são os trabalhadores da Eletrobras, uma estatal. A Eletrobras enviou técnicos do Pará, Maranhão e Rondônia para solucionar o problema.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz, em 2014, a Isolux já deu um prejuízo de US$ 476 milhões ao estado de Indiana, nos Estados Unidos, onde também prestava serviços.
“O que acontece no Amapá pode acontecer em outros lugares. Bolsonaro e [ministro de Minas e Energia] Bento Albuquerque vêm dizendo que a Eletrobras não tem capacidade de investimento, e apostam na privatização, só que na hora em que acontece um acidente como este são os técnicos da Eletrobras que são convocados para prestarem socorro à empresa internacional porque ela não tem capacidade para resolver o problema”, alerta Diniz.
Segundo o Dieese, a falta de energia pode se repetir pelo País caso a Eletrobras seja privatizada.
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