"Antes, era ilegal e parecia haver fraude. Agora, confirmou", diz TCU sobre fuga de Weintraub para os EUA
Para o subprocurador-geral do TCU Lucas Furtado, a retificação feita pelo governo federal na data de exoneração do ex-ministro Abraham Weintraub confirma a existência de fraude no ato. "Em uma questão tão sensível, não se pode falar em mero erro”, disse
247 - O subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado disse, nesta terça-feira (23), que a retificação feita pelo governo federal na data de exoneração do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub confirma a existência de fraude no ato. “Antes, era ilegal e parecia haver fraude. Agora, confirmou. Em uma questão tão sensível, não se pode falar em mero erro”, disse Furtado em entrevista ao Estadão/Broadcast Político.
Segundo reportagem do blog do jornalista Fausto Macedo, Furtado também teria solicitado que o TCU apure se o Itamaraty teve algum tipo de participação na súbita partida de Weintraub para os Estados Unidos. A suspeita é que o ex-ministro tenha feito uso do cargo de ministro de estado para viajar aos EUA no último sábado (20) e, desta forma, se livrar das restrições impostas pelo governo norte-americano ao ingresso de brasileiros em função da pandemia do novo coronavírus. Weintraub é investigado em um inquérito do STF por ameaças à Corte.
A exoneração de Weintraub foi publicada poucas horas após ele desembarcar em Miami, ainda no dia 20. Nesta terça-feira (23), o governo publicou uma retificação informando que Weintraub foi exonerado do cargo “a partir de 19 de junho de 2020”, na data em que ele viajou para os EUA.
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