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    Apenas 17,7% dos 513 deputados brasileiros são mulheres

    Pesquisa realizada em 178 países constatou que a média mundial da participação feminina em parlamentos é de 26,4%

    (Foto: Paulo Emílio)
    Camila Franca avatar
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    247 -Pesquisa da Inter-Parliamentary Union (IPU), organização global dos parlamentos nacionais revela que apenas Apenas 17,7% dos 513 deputados brasileiros são mulheres. Os dados foram coletados em 178 países e constatou que a média mundial da participação feminina em parlamentos é de 26,4%.

    Na última eleição, por exemplo, somente 91 mulheres foram eleitas deputadas federais, o que corresponde a 17,7% da totalidade das 513 cadeiras disponíveis.

    “O número representa um avanço irrisório se comparado ao resultado das eleições de 2018, quando 77 mulheres foram eleitas deputadas federais e ocuparam 15% das cadeiras”, destaca a pesquisa.

    Nos estados os dados são parecidos: na somatória de deputadas estaduais e distritais, chega-se ao total de 190 mulheres eleitas (18%). Especificamente em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a representatividade feminina ficou abaixo de 10%.

    “Com relação ao Senado, teria acontecido um retrocesso relevante caso suplentes não tivessem assumido. Considerando apenas o resultado das últimas eleições, das 81 cadeiras disponíveis, apenas dez seriam ocupadas por mulheres senadoras a partir de 2023 – duas a menos que na legislatura anterior. No entanto, haverá o ingresso de cinco mulheres suplentes: uma porque o titular foi eleito governador do Estado, e outras quatro porque os titulares se tornaram ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, conclui a pesquisa.

    Entre os motivos elencados pela pesquisa que contribuem para que o Brasil esteja puxando para baixo a média das Américas de participação
    feminina nos parlamentos, estão: 

    • Resistência dos partidos políticos em investir nas candidaturas de mulheres;
    • Fraudes reiteradas às parcas cotas de gênero existentes em nossa legislação; 
    • Violência e assédio político direcionado às mulheres que ousam se candidatar.

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