Apenas 6% dos brasileiros defendem o direito da mulher ao aborto em qualquer situação
Organização Mundial da Saúde defende o acesso seguro e legal ao aborto como um direito fundamental das mulheres à saúde reprodutiva
247 – A recente pesquisa do Datafolha revelou que apenas 6% dos brasileiros apoiam o direito das mulheres ao aborto em todas as situações. O levantamento, conduzido com 2.002 pessoas em 147 municípios do Brasil, mostrou um aumento no apoio à descriminalização do aborto, passando de 33% em 2018 para 42% em 2024. No entanto, a proporção daqueles que concordam com a permissão irrestrita do procedimento permaneceu baixa.
Entre os dados divulgados, destaca-se que apenas 7% das mulheres entrevistadas defenderam o aborto em qualquer circunstância, enquanto 40% preferem que a legislação permaneça como está. Já entre os homens, apenas 6% apoiam o aborto irrestrito, com 43% preferindo a manutenção das regras atuais. Além disso, a pesquisa revelou uma tendência de redução no apoio à liberação irrestrita do aborto com o aumento da faixa etária dos entrevistados.
Atualmente, o Brasil permite o aborto em casos específicos, como estupro, risco de vida para a gestante e anencefalia fetal, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão sobre o tema permanece relevante, especialmente diante das opiniões divergentes expressas na pesquisa, que refletem diferentes visões sociais e culturais sobre o assunto.
O aborto no mundo – Em muitos países europeus, como Holanda, Suécia e França, o aborto é legal e acessível, com sistemas de saúde que garantem o acesso seguro e sem julgamentos. Da mesma forma, em países como Canadá e Austrália, o aborto é legal em determinadas circunstâncias e é oferecido como parte dos serviços de saúde pública.
Por outro lado, em alguns países africanos e latino-americanos, o aborto é geralmente ilegal ou altamente restrito, exceto em casos de risco à vida da mulher. Nestes lugares, as mulheres muitas vezes recorrem a procedimentos clandestinos e inseguros, colocando suas vidas em perigo.
Em alguns países, como os Estados Unidos, a legalidade do aborto varia de acordo com os estados. Enquanto em alguns estados o aborto é amplamente acessível e protegido por lei, em outros a legislação é mais restritiva e pode tornar o acesso ao procedimento difícil, especialmente para mulheres de baixa renda ou em áreas rurais.
Globalmente, organizações de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), defendem o acesso seguro e legal ao aborto como um direito fundamental das mulheres à saúde reprodutiva. No entanto, a questão permanece altamente controversa em muitos países, refletindo uma variedade de perspectivas religiosas, culturais e políticas.
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