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    Após insultar a China, Bolsonaro recua e diz que país é importante

    Jair Bolsonaro culpou a imprensa “tentar um atrito” entre o Brasil e a China, durante entrevista concedida em aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro

    (Foto: Isac Nobrega - PR)
    Juca Simonard avatar
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    247 - Após atacar a China em evento no Palácio do Planalto, afirmando que o país asiático promoveu uma "guerra bacteriológica" com o novo coronavírus, nesta quarta-feira, 5, Jair Bolsonaro culpou a imprensa “tentar um atrito” entre o Brasil e o país, durante entrevista concedida em aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

    Ele ainda recuou e afirmou que a China é um parceiro comercial importante.

    "Eu não falei a palavra China hoje de manhã. Eu sei o que é guerra bacteriológica, guerra nuclear. Vocês da imprensa sabem onde nasceu o vírus. Muita maldade tentar aí um atrito com um país que é muito importante para nós", afirmou Bolsonaro. 

    Bolsonaro esteve no Galeão para receber pessoalmente o ex-motorista Robson Oliveira, preso na Rússia por cerca de dois anos, acusado de tráfico de drogas.

    Mais cedo, Bolsonaro afirmou a Covid-19 “é um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí”.

    “Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, ressaltou.

    Deputado pede interdição de Bolsonaro após declaração contra a China

    O deputado federal Fausto Pinato (PP), cujo partido compõe a base do governo federal no Congresso, pediu a interdição de Jair Bolsonaro após este novamente atacar a China durante evento realizado no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 5.

    Bolsonaro insinuou que o novo coronavírus teria sido criado pela China em laboratório para uso em uma “guerra química”. “É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, disse.

    Em nota, Pinato afirma estar “preocupado sobre um possível desvio de personalidade da maior autoridade do Brasil”. “A meu ver, não se trata de uma pessoa irresponsável, desequilibrada e sem noção de mundo. Na verdade, pode tratar-se de uma grave doença mental que faz nosso presidente confundir realidade com ficção”, destaca o deputado.

    “Penso que estamos diante de um caso em que recomenda-se a interdição civil para tratamento médico”, conclui.

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