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      Após Lula cobrar o fim da lenga-lenga sobre a Margem Equatorial, presidente do Ibama fala em “pressão”

      Rodrigo Agostinho saiu em defesa dos servidores do Ibama, que acusaram o presidente Lula de "pressão política"

      Rodrigo Agostinho (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), Rodrigo Agostinho, disse nesta quarta-feira (12), ao jornal O Globo, que sofre "pressão" para autorizar a Petrobras extrair petróleo na Margem Equatorial na região do Amapá, uma das maiores reservas do recurso do mundo. A declaração vem após o presidente Lula criticar a demora do Ibama em conceder a permissão. 

      Mais cedo nesta quarta, Lula disse que uma reunião entre Casa Civil e Ibama nesta semana ou na próxima deve trazer uma definição sobre pesquisa para exploração de petróleo na Margem Equatorial amapaense, e afirmou que o órgão de fiscalização e licenciamento ambiental não pode parecer uma entidade contrária ao governo e "ficar nesse lenga-lenga". A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), acusou o presidente Lula de "pressão política". 

      Na entrevista, Agostinho disse que sofre "pressão", mas não por parte do presidente Lula. No entanto, ele fez ressalvas: "Isso é normal. Se eu não gostasse de pressão, não estava fazendo o que eu faço. Eu preciso também ser justo. O presidente nunca me pressionou para isso, mas de tempos em tempos tem empreendimentos que são emblemáticos e a sociedade toda cobra uma resposta. Vejo isso com muita naturalidade". 

      Agostinho afirmou que espera uma definição sobre o assunto até março, prazo alinhado com a expectativa do governo, embora não tenha detalhado qual posição adotaria.

      "Agora em dezembro, a Petrobras apresentou um novo plano de emergências. Esse plano está sendo analisado e, ao mesmo tempo, a Petrobras começou a construir uma base em Oiapoque, mais ou menos 170 quilômetros de distância da área de exploração. Diminui muito tempo de resposta para um eventual acidente. A base fica pronta só no final de março, então, por isso que algumas pessoas estão fazendo a leitura de que a licença será em março. Dificilmente sai alguma coisa antes de março", disse. 

      Ele também defendeu os servidores do Ibama, que, após as declarações de Lula, o criticaram. "Os servidores do Ibama são concursados, então mesmo que eu fizesse qualquer tipo de pressão sobre eles, eles têm a proteção do próprio cargo deles. Tanto que mesmo no governo passado, situações como essa não aconteceram", disse. 

      Nesse contexto, a eleição de Davi Alcolumbre como presidente do Senado é vista como um passo na direção da liberação da exploração de petróleo na região. O senador e Lula viajarão juntos nesta quinta-feira (13) para o Amapá, onde dividirão palanque para inauguração de obras.

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