Associação que pretende virar partido dos CACs e eleger armamentistas faz sorteio ilegal de armas de fogo
Associação Proarmas utiliza eufemismos como “furadeira” e “guarda-chuva” para sortear pistolas e fuzis, o que é proibido pela legislação brasileira desde 1972
247 - A Associação Proarmas, que representa o maior número de civis registrados no chamado grupo dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), tem feito uma série de sorteios de armas de fuzis e pistolas utilizando eufemismos como “furadeira” e “guarda-chuva” com o objetivo de burlar a legislação e cooptar novos membros. O sorteio de armas de fogo no Brasil foi proibido por um decreto governamental de 1972 e por uma portaria do Ministério da Economia de 2020.
A Proarmas vem atuando para eleger no Congresso a “bancada dos CACs”, maior grupo armado do País, e pretende se tornar um partido político a partir de 2023. Nesta linha, os CACs possuem 34 pré-candidaturas para deputado federal, senador e governador, todos ligados à associação, além de outras 23 para deputados estaduais.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Proarmas também oferece “pacotes de serviços” por meio de uma assinatura mensal no valor de R$ 150,00 que concede um conjunto de benefícios, incluindo apoio jurídico em caso de abordagem policial a CACs e em processos para compra e registro de armas.
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Ainda conforme a reportagem, a Proarmas mudou as chamadas das suas redes sociais após ser questionada pelos sorteios de armas de fogo. Agora, a entidade se vale do eufemismo “sorteio cultural de objetos, inclusive armas” para promover os concursos e afirma que chamadas e postagens sobre sorteios de armas de fogo foram um “erro” de uma funcionária, que não integra mais a equipe.
A associação também disse considerar como fake news qualquer outra informação e ameaçou acionar a Justiça contra "qualquer informação diferente disso". “O Proarmas não sorteia armas, apenas premiamos alguns alunos da plataforma de cursos em um concurso cultural com diversos objetos, inclusive armas. Qualquer informação diferente disso configura FAKENEWS acarretando a responsabilização judicial nas esferas cível e criminal e demais combinações de estilo!”, disse a Proarmas em nota.
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