Até início de maio, Brasil utilizou apenas 19% do orçamento anual para prevenir desastres naturais, aponta levantamento
Ao todo, 336 cidades do Rio Grande do Sul estão em situação de calamidade após fortes chuvas que atingiram a região
247 – Até 2 de maio deste ano, apenas 19% dos R$ 2,6 bilhões destinados no Orçamento da União para prevenção e combate a desastres naturais em 2024 haviam sido utilizados, revela um estudo da associação Contas Abertas. O repasse desse recurso pelo governo federal depende do envio de projetos por parte de prefeituras ou deputados federais.
Segundo o economista Gil Castello Branco, diretor-presidente da Associação, de 2010 a 2024 foram autorizados R$ 70 bilhões, nos orçamentos anuais da União, para o combate a fenômenos climáticos. Entretanto, o levantamento aponta que apenas 65% desse total foi efetivamente gasto.
"Os ministérios alegam que não chegam a Brasília projetos que deveriam ser encaminhados pelos municípios”, explica. “É natural que prefeituras de pequeno e médio porte não tenham, nos seus quadros técnicos, engenheiros capazes de desenvolver projetos de contenção de encostas, de dragagem de rios, ou mesmo projetos habitacionais para a remoção de pessoas que habitam as áreas de riscos.”
Crise climática no Rio Grande do Sul: No último balanço divulgado pela Defesa Civil, o estado gaúcho encontra-se com 425 dos 497 municípios relatando problemas relacionados às chuvas e enchentes que atingem o RS desde a última semana. Dentre esses, 336 cidades estão em situação de calamidade.
Até o momento, são contabilizadas 136 mortes, 756 feridos e 125 pessoas desaparecidas em decorrência dos temporais no estado. Quanto às pessoas que foram obrigadas a deixar a própria residência, 339.925 estão desalojadas e outras 71.398 encontram-se em abrigos. (Com informações do g1).
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