Lucro do BNDES cresce 20,5% e alcança R$ 26,4 bi em 2024

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve um lucro de R$ 26,4 bilhões em 2024, marcando um crescimento de 20,5% em relação ao ano anterior. Este resultado histórico foi acompanhado por uma forte expansão nas aprovações de crédito, que atingiram R$ 276,5 bilhões, o maior valor já registrado na história da instituição.

O volume de aprovações teve um crescimento de 22% em relação a 2023, impulsionando também os desembolsos, que aumentaram 17%, alcançando R$ 133,7 bilhões. As informações são da Folha de S. Paulo.

A notícia foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que destacou os resultados positivos. “São resultados muito fortes, tivemos avanços muito expressivos”, afirmou o presidente.

Um dos dados mais relevantes para o ano de 2024 foi a reversão da tendência de anos anteriores. Pela primeira vez desde 2017, o volume de aprovações de novos empréstimos para a indústria superou o volume aprovado para o agronegócio. Esse feito reflete, segundo o diretor do BNDES, Alexandre Abreu, o êxito das políticas voltadas para o fortalecimento da indústria brasileira. “Isso mostra o sucesso das políticas voltadas para o fortalecimento da indústria”, destacou Abreu.

Em termos de lucro líquido recorrente, o banco também obteve uma performance positiva, com um valor de R$ 13,2 bilhões, o que representa uma alta de 11,1% em relação a 2023. A diferença entre o lucro total e o lucro recorrente foi explicada por eventos não recorrentes, incluindo um resultado positivo de R$ 3,4 bilhões, que decorreu da revisão de classificação de risco de alguns ativos.

Outro aspecto relevante foi o crescimento nas receitas do BNDES com dividendos e juros sobre o capital próprio, que somaram R$ 10,4 bilhões. Esses recursos foram, em sua maioria, provenientes de investimentos em grandes empresas como Petrobras e JBS, e o valor ficou cerca de R$ 1,86 bilhão acima do registrado em 2023.

A carteira de participações societárias do banco, que inclui ações de empresas como Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel, totalizou R$ 82 bilhões ao fim de 2024. O aumento na participação nessas grandes corporações contribuiu para a valorização da carteira de investimentos do banco.