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    Bolsonaro confirma que distribuiu mensagem pelo golpe no Whatsapp

    Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta quarta-feira que distribuiu a mensagem pelo fechamento do Congresso em grupos de Whatsapp. Tentou reduzir o impacto de sua ação dizendo que foram "mensagens de cunho pessoal"

    Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - Jair Bolsonaro confirmou em seu twitter que de fato soltou mensagem em grupos de Whatsapp convocando a manifestação pelo fecjamento do Congresso Nacional marcada pela extrema-direita para 15 de março. Ele tentou minimizar o impato de sua ação, que está levando à criação de uma frente ampla contra o golpe, afirmando que foram "mensagens de cunho pessoal".

    O tweet de Bolsonaro é grave porque ele confirma que de fato distribuiu a mensagem pelo fechamento do Congresso. O decano do STF, ministro Celso de Mello, escreveu nesta manhã de quarta que Bolsonaro revela sua "face sombria" e indicou possível processo de impeachment. 

    Veja depois do tweet de Bolsonaro a reação de Mello e de alguns dos principais líderes do país.

    Confira a nota do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello sobre o assunto.  

    “Essa gravíssima conclamação, se realmente confirmada, revela a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato, de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República, traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!! O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das leis da República!”. 

    Confira a reação de líderes de esquerda, centro e direita contra a ameaça de fechamento do Congresso Nacional feita por Bolsonaro.

    Lula: "É urgente que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem diante de mais esse ataque para defender a democracia". 

    Dilma: “Torna-se  urgente e necessária forte resposta   das  instituições ou o País mergulhará, + uma vez, na escuridão das ditaduras”.

    Haddad: "Bolsonaro, ao que tudo indica, cometeu crime de responsabilidade previsto na Constituição que jurou respeitar mas, certamente, nunca leu".

    FHC: “Estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto de tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo”.

    Ciro: “Que o Congresso, sob as lideranças de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, e o STF, com todos os Ministros, saibam reagir a essa ameaça”.

    Doria: “Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país. Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional"

    Felipe Santa Cruz, presidente da OAB: “Entendo que é inadmissível. O presidente está mais uma vez traindo o que jurou ao Congresso em sua posse, quando jurou defender a Constituição Federal. A Constituição e a democracia não podem tolerar um presidente que conspira por sua supressão”.

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