Bolsonaro diz que governo vai incluir R$ 2 bilhões no orçamento para comprar impressoras das urnas para 2022
"Estamos prontos para colocar no orçamento e fazer com que as sessões eleitorais de todo o país tenham sua urna eletrônica acoplada a uma impressora", afirmou Jair Bolsonaro, demonstrando novamente o medo de ser derrotado em 2022
247 - Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (23) que o governo pretende incluir R$ 2 bilhões no orçamento com o objetivo de custear a compra de impressoras para urnas eletrônicas. Temendo a derrota em 2022, ele tem defendido o voto impresso e dito que existe mais probabilidades de fraudes nas eleições com o atual sistema de votação.
"Aprendi que a democracia não tem preço. Então, R$ 2 bilhões, ou pouco menos do que isso, já está acertado com a Economia. Estamos prontos para colocar no orçamento e fazer com que as sessões eleitorais de todo o país tenham sua urna eletrônica acoplada a uma impressora", declarou em entrevista à Rádio Grande FM.
Bolsonaro voltou a dizer que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, fez articulações para derrubar o projeto de voto impresso do governo, além de afirmar, indiretamente, que o ministro tem "interesses escusos" nas eleições.
"Essa bandeira sempre foi defendida por pelo menos 90% dos parlamentares. Por que, de uma hora pra outra, mudaram de opinião? Depois de receber visita do Barroso. Hoje em dia, se botar em votação, ele não passa. Agora, quem é contra eleições limpas e transparentes? Só quem tem interesses escusos nas mesmas. Eu quero transparência nas eleições", continuou.
"Não é volta ao papel, apenas que digite o nome e depois uma maquininha imprime num papel o nome daquelas pessoas. Não tem contato manual. Acabaram as eleições, domingo à noite dá-se o resultado. Se um presidente de partido tiver desconfiança, faz a contagem manual, que é feita rapidamente. Demorava no passado. Impresso não dá confusão nenhuma", acrescentou.
A pesquisa Datafolha divulgada neste mês apontou tendência de vitória no primeiro turno. Lula alcançou 58% dos votos contra 31% de Bolsonaro. De acordo com o levantamento, a rejeição a Bolsonaro atingiu 51%, recorde desde o início do seu mandato, em 2019.
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