'Bolsonaro está envolvido até o pescoço', afirma Paulo Pimenta sobre o terrorismo de 8 de janeiro
Ministro diz que os golpistas “não foram derrotados na eleição. Foram derrotados no 8 de janeiro, que obrigou as pessoas a escolherem de que lado querem ficar”
247 - O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, defendeu que Jair Bolsonaro (PL) seja responsabilizado pelos atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Para ele, "o ex-presidente está até o pescoço envolvido nessa tentativa de golpe". “Se as investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal levarem à sua participação, de seus familiares e de pessoas próximas a eles, todos devem responder como qualquer outra pessoa pelos crimes que cometeram", defendeu Pimenta em entrevista à revista Veja.
O ministro garantiu não existirem dúvidas de que os atos registrados em janeiro foram uma tentativa de golpe de estado. “Ocorreu uma ação ao mesmo tempo na sede dos Três Poderes, e qualquer um dos Poderes poderia ter convocado uma GLO (a Garantia da Lei e da Ordem levaria o Exército às ruas), o que poderia ter consequências imprevisíveis. A reação das instituições foi muito importante naquele momento. A partir dali, reduziu-se e muito a expectativa daqueles que imaginavam que ainda era possível algum tipo de ruptura. Até ali, essa ideia estava presente em algumas figuras, como no próprio Bolsonaro e em alguns militares. Eles não foram derrotados no dia da eleição. Foram derrotados no 8 de janeiro, que obrigou as pessoas a escolherem de que lado querem ficar”, afirmou.
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