Bolsonaro recebeu com incredulidade notícia da delação de Cid e mandou levantar informações sobre teor dos depoimentos
Há receio de que a delação não apenas incrimine Bolsonaro, mas também atinja outros filiados do PL, como o ex-ministro e general Walter Braga Netto
247 - Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ceticismo e surpresa com a notícia da homologação do acordo de delação premiada do seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas determinou que assessores buscassem informações sobre o que o militar teria contado aos investigadores da Polícia Federal (PF).
“Interlocutores de Bolsonaro vinham se comunicando com interlocutores da família e da defesa de Cid. Até o fim de semana, eles asseguravam ao grupo do ex-mandatário que não havia acordo em andamento. Bolsonaro acreditava nesta versão até sábado, quando o clima mudou após a liberdade provisória concedida ao seu ex-ajudante de ordens devido à delação”, destaca a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, um aliado próximo de Bolsonaro descreveu a situação como "a maior tragédia" e "o fim do mundo" para o ex-mandatário. >>> Cid tem 'muito a falar' e vai 'detalhar todos os fatos que viveu com Bolsonaro', diz advogado do militar
O PL vem tentando minimizar o impacto da delação, afirmando que “não há envolvimento de verba pública que incrimine Bolsonaro”, mas existe uma forte preocupação no que diz respeito a relatos detalhados e possíveis provas relacionadas a investidas golpistas que o ex-ajudante de ordens possa fornecer aos investigadores . >>> Lula sobre delação de Mauro Cid: "Vamos ter certeza de que havia perspectiva de golpe e que Bolsonaro estava envolvido"
Há receios de que a delação não apenas incrimine Bolsonaro com informações sobre encontros fora da agenda que discutiram esse tema, mas também atinja outros filiados do partido, como o ex-ministro e general Walter Braga Netto, considerado o favorito da legenda para disputar prefeitura do Rio de Janeiro em 2024. >>> Como delator, Cid tem obrigação de falar tudo que sabe e renuncia ao silêncio
Ainda segundo a reportagem, “atualmente, os planos estão sendo revistos. O que está certo, por ora, é que o PL seguirá apelando para a narrativa de que Bolsonaro seria um “perseguido político” e atuará para empoderar ainda mais a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para assumir o capital político do marido”. >>> Delação de Cid causa alívio na cúpula do Exército
Em paralelo, Jair Bolsonaro deverá ser internado em um hospital de São Paulo nesta segunda-feira (11) para realizar duas intervenções cirúrgicas visando tratar problemas digestivos supostamente decorrentes do evento de Juiz de Fora (MG) em 2018. Os procedimentos incluem a correção das alças intestinais e a reparação de uma hérnia de hiato. Além disso, o político também pretende aproveitar a ocasião para realizar uma cirurgia de desvio de septo nasal.
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