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    Bolsonaro retoma ataque às medidas contra pandemia e divulga discurso negacionista de presidente do TJ do Mato Grosso do Sul

    Jair Bolsonaro divulgou trecho de discurso proferido pelo juiz federal Carlos Eduardo Contar que, ao tomar posse como presidente do TJ-MS, classificou como "esquizofrenia" as medidas contra a Covid-19 e atacou a mídia

    (Foto: Divulgação)

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    247 -Jair Bolsonaro divulgou na manhã desta segunda-feira (25) um trecho do discurso proferido pelo juiz federal Carlos Eduardo Contar, que tomou posse como presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) na última sexta-feira (22). O magistrado, que não usou máscara durante a cerimônia, classificou as medidas contra a propagação do coronavírus como "esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre".

    "Mostremos nós trabalhadores do serviço público responsabilidade com os deveres e obrigações com aqueles que representamos, e por isto mesmo, retornemos com segurança, pondo fim à esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre, honrando nossos salários e nossas obrigações, assim como fazem os trabalhadores da iniciativa privada, que precisam laborar para sobreviver e não vivem às custas da viúva estatal com salários garantidos no fim de cada mês", diz o magistrado.

    Antes, o juiz estimulou as pessoas a desobedecerem as regras de distanciamento social. "Voltemos nossas forças ao retorno ao trabalho, deixemos de viver conduzidos como rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor, desprezemos pois o irresponsável, o covarde e picareta da ocasião que afirma ‘fiquem em casa’, ‘não procurem socorro médico com sintomas leves’, ‘não sobrecarreguem o sistema de saúde’. É, paciência senhores, os tempos realmente são estranhos", disse.

    Bolsonaro já violou recomendações de autoridades de saúde em diversas ocasiões, ao estimular aglomerações, descumprir normas de distanciamento social e ir às ruas sem máscara.

    Em carta publicada na noite desta sexta-feira (22) na revista médica The Lancet, o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (RS), apontou que o "subdesempenho" do governo Bolsonaro nesta pandemia custou a vida de 156 mil brasileiros.

    Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (8,8 milhões), atrás de Índia (10,6 milhões) e Estados Unidos (25,7 milhões). O governo brasileiro também registra a segunda maior quantidade de mortes (217 mil) - na primeira colocação estão os EUA (429 mil).

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