Bolsonaro será indiciado por fraude em carteira de vacinação, avaliam aliados
Aliados do extremista já tratam como certo o seu indiciamento
247 - Os aliados de Bolsonaro não vão admitir publicamente, mas quem conversa com eles nos bastidores constata que eles já tratam como certo o indiciamento do extremista no âmbito da investigação envolvendo a fraude na carteira de vacinação do ex-presidente e de Laura, sua filha.
De acordo com Bela Megale, em sua coluna no O Globo, “a expectativa da PF é que o relatório final do inquérito seja concluído e enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias, pavimentando o caminho para a Procuradoria-Geral da República (PGR) usar as provas colhidas para eventualmente fundamentar uma denúncia. No PL, a avaliação é a de que Bolsonaro deve ser enquadrado em pelo menos dois crimes: falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal) e infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal).”.
Relembre o caso - A apuração teve início em 2022, a partir de um pedido de acesso à informação ao Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 (CNVC), com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).
Segundo a CGU, foram identificadas inconsistências nos registros fornecidos pelo Ministério da Saúde, levando a investigação a ser encaminhada à Corregedoria-Geral da União. Esta instaurou investigações para apurar possíveis envolvimentos de agentes públicos federais.
A investigação revelou que Bolsonaro possui um registro de vacinação contra a Covid-19 datado de 19/07/2021, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo (SP). No entanto, dois registros adicionais, feitos em Duque de Caxias (RJ), foram cancelados antes do início das investigações pela CGU.
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