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    Alvo de protestos muito maiores do que em Havana, Bolsonaro exalta manifestações em Cuba

    Pelo Twitter, Jair Bolsonaro, que sempre atacou o país caribenho que está sob embargo econômico dos Estados Unidos desde 1962, disse desejar que a democracia “floresça” e traga "dias melhores" à população

    (Foto: Reuters/Stringer | Isac Nóbrega/PR)
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    247 - Jair Bolsonaro se manifestou nesta segunda-feira (12) sobre os protestos contra o governo de Cuba nesse fim de semana.

    Pelo Twitter, Bolsonaro, que sempre atacou o país caribenho que está sob embargo econômico dos Estados Unidos desde 1962, disse desejar que a democracia “floresça” e traga "dias melhores" à população.

    "Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo", escreveu Bolsonaro.

    Apesar da declaração em defesa da democracia em Cuba, Jair Boslonaro já fez vários ataques à democracia brasileira e recentemente ameaçou cancelar a realização das eleições presidenciais de 2022, caso não seja reintroduzido o voto impresso no pleito. 

    Milhares de cubanos saíram às ruas no domingo (11) para protestar contra a falta de alimentos e remédios, enquanto o país passa por uma grave crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19 e pelas sanções dos Estados Unidos.

    Os manifestantes reclamaram da falta de liberdade e da piora da situação socioeconômica. Muitos gritaram por "liberdade" e conclamaram o presidente Miguel Díaz-Canel a renunciar. Outros defenderam o atual governo e lembraram Fidel Castro, que governou o país de 1958 a 2008.

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    O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que os EUA incitaram a agitação antes dos protestos deste fim de semana com uma estratégia de mídia disfarçada de campanha de mídia social pedindo ajuda humanitária.

    "Ontem [11] em Cuba não houve levante social, ontem em Cuba houve desordem, distúrbios causados ​​por uma operação comunicacional que foi preparada há algum tempo e sobre a qual milhões foram dedicados", declarou Rodríguez.

    O ministro também afirmou que se o governo Biden quer ajudar Havana, deve cancelar as sanções impostas pelos EUA, e que por conta das sanções, Washington "não tem direito de se pronunciar sobre as manifestações no país".

    Nesta segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu um comunicado para expressar solidariedade ao "povo cubano e seu clamor por liberdade", e advertiu as autoridades cubanas para não usarem a força contra os manifestantes.

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