Bombeiros do Tocantins encontram mais dois corpos de vítimas de queda de ponte
Há ainda 11 desaparecidos
SÃO PAULO (Reuters) - O Corpo de Bombeiros do Tocantins informou nesta quarta-feira que mais dois corpos foram localizados após o desastre em que um trecho de uma ponte de mais de meio quilômetro de extensão entre o Estado e o Maranhão mergulhou no rio Tocantins no domingo.
Com isso, o número de vítimas fatais do colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, conhecida como "Ponte JK", subiu de quatro para seis. Há ainda 11 desaparecidos.
"Dois corpos foram localizados e extraídos pelo mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins", informou o órgão em comunicado à imprensa no final da tarde desta quarta-feira.
Construída em concreto armado, a ponte foi inaugurada em 1960. A estrutura tinha 533 metros de extensão e fica localizada na rodovia BR-226, que liga Belém a Brasília.
Segundo a Marinha, o vão central da ponte cedeu na tarde do domingo passado, derrubando pelo menos 10 veículos, entre os quais quatro caminhões, três veículos e três motocicletas. Um dos caminhões transportava uma carga de ácido sulfúrico.
A Marinha mantinha embarcações no rio Tocantins nesta quarta-feira em busca de desaparecidos. A operação emprega 44 militares, dentre especialistas para analisar a água do rio, mergulhadores, tripulantes de aeronave e efetivos das agências e capitanias do Maranhão e Tocantins.
Além dos militares, estão sendo utilizadas um helicóptero UH15 Super Cougar, três embarcações, duas motos aquáticas e seis viaturas, afirmou a Marinha, citando que o local tem profundidades que atingem cerca de 40 metros.
Na terça-feira, o Corpo de Bombeiros do Tocantins havia informado que três corpos tinham sido recuperados, elevando o número de mortos até então para quatro.
O governo do Maranhão afirmou mais cedo que não há riscos à saúde humana relacionados à qualidade da água do rio, com base em análise da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) "que avaliou a concentração, vazão do rio Tocantins e a toxicidade das substâncias químicas envolvidas no incidente".
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) retomou sistemas de captação, produção e tratamento de água do Rio Tocantins e o abastecimento na cidade de Imperatriz "está retomado dentro da normalidade", segundo comunicado do governo do Maranhão.
"De acordo com os testes realizados pela companhia a cada duas horas com a água para consumo, todos os parâmetros estão normais, incluindo o PH, que tem registrado variação de 5,5 a 5,8", afirmou o governo do Maranhão.
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