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      Brasil bate recorde de feminicídios no 1º semestre, enquanto recursos para o combate a violência contra mulher foram cortados

      Brasil registrou uma média diária de quatro mortes no primeiro semestre de 2022. Governo Bolsonaro cortou em 94% os recursos de enfrentamento a este tipo de violência em 4 anos

      (Foto: Estevam Costa/PR | Mídia NINJA)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O Brasil registrou 699 casos de feminicídio, uma média de quatro mortes por dia, no primeiro semestre deste ano. O número, o maior já registrado em um semestre, coincide com o menor volume de recursos destinado às políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, feito pelo governo Jair Bolsonaro (PL).

      De acordo com o G1, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública destacam que “se comparado com 2019, o crescimento foi de 10,8%, ‘apontando para a necessária e urgente priorização de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência de gênero’”. O crescimento em relação ao primeiro semestre de 2021 foi de 3,2%, quando 677 mulheres foram assassinadas.

      Ainda segundo a reportagem, a Região Norte foi a que registrou o maior crescimento de casos de feminicídio no primeiro semestre dos últimos quatro anos (755). “A região Centro-Oeste também teve crescimento significativo, com 29,9% de alta entre 2019 e 2022”, ressalta o G1. 

      Em paralelo ao aumento da violência contra a mulher, os recursos investidos pelo governo Bolsonaro em políticas para o setor foram reduzidos sistematicamente. Ainda conforme a reportagem, ao longo dos quatro anos de gestão, o governo federal “propôs no Orçamento da União 94% menos recursos para políticas específicas de combate à violência contra a mulher do que nos quatro anos imediatamente anteriores”.

      Segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), "entre 2020 e 2023, anos que englobam os projetos de Orçamento enviados ao Congresso pela atual gestão, foram indicados R$ 22,96 milhões para políticas específicas (recursos carimbados) de combate à violência contra a mulher. Nos quatro anos anteriores, ou seja, nos Orçamentos de 2016 a 2019 (que não foram enviados por Bolsonaro) esses recursos eram de R$ 366,58 milhões. A queda foi de 94%”.

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