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    Brasil defende urgência de decisão contrária a Israel na Corte Internacional de Justiça

    De acordo com o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, medidas contra o governo israelense "são muito urgentes e necessárias" por conta do genocídio na Faixa de Gaza

    Sérgio França Danese (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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    247 - Embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Sérgio Danese defendeu nesta quarta-feira (24) que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, atenda ao recurso apresentado por autoridades da África do Sul contra Israel por causa dos crimes cometidos na Faixa de Gaza.

    "As medidas provisórias solicitadas pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça, com o objetivo de evitar o risco de genocídio, exigindo 'a suspensão imediata das operações militares em Gaza e contra Gaza', são muito urgentes e necessárias", afirmou Danese em discurso na ONU. As declarações foram publicadas na coluna de Jamil Chade.

    "O pronunciamento solicitado pelo principal órgão judicial da ONU não só pode possibilitar a ajuda humanitária necessária e salvar vidas civis, mas também pode contribuir para a criação de um ambiente propício para a restauração do diálogo político e para a retomada das negociações visando à solução de dois Estados".

    De acordo com o embaixador, "não pode haver solução militar para as causas profundamente enraizadas de tensão e hostilidade". "Outras ações militares apenas aprofundarão os ressentimentos e o ódio e, em última análise, perpetuarão o ciclo de violência, com efeitos prejudiciais para toda a região e para o mundo", continuou.

    "Além de Gaza, na Cisjordânia, no Mar Vermelho, no Iêmen, ao longo da Linha Azul entre Israel e Líbano, no Iraque, na Síria e, é claro, também em Israel, a escalada das hostilidades e os novos incidentes de segurança parecem estar diretamente relacionados a esse sentimento crescente de desconfiança e de total desrespeito ao direito internacional, motivado por nossa incapacidade coletiva de evitar a tragédia em Gaza, garantir a responsabilização e preparar o caminho para um processo de paz verdadeiro e eficaz".

    A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro, acusando Israel de intenção genocida em Gaza, em meio a um crescente número de mortes civis no enclave palestino sitiado, alvo de ataques israelenses constantemente. Ela busca comprovar que a campanha militar de Israel tem caráter genocida e visa os habitantes de Gaza como parte do povo palestino em geral.

    Nos dias 11 e 12 de janeiro, o principal tribunal das Nações Unidas em Haia realizou audiências públicas sobre a ação da África do Sul. Em sua exposição, os representantes da África do Sul instaram a CIJ a obrigar Israel a encerrar sua operação militar na Faixa de Gaza, garantir que os residentes do enclave tenham acesso a alimentos, água e ajuda humanitária, e abster-se de ações que possam agravar a situação.

    Israel, por sua vez, argumentou que a escalada do conflito na Faixa de Gaza começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro e insistiu em seu "direito à autodefesa". A CIJ vai se manifestar na próxima sexta-feira (26) sobre as acusações apresentadas pela África do Sul.

    * Com informações da Sputnik

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