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    Cada vez mais implicado nas investigações, Braga Netto diz a interlocutores que não pressionou por golpe

    Ex-ministro tem alegado que cobrou de membros das Forças Armadas uma resposta para realizar uma "transição de governo tranquila". Investigações sugerem uma pressão por golpe

    Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

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    247 - O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, investigado pela Polícia federal (PF) por participar de um suposto planejamento para um golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem dito a interlocutores que as mensagens enviadas por ele a outros militares e que foram encontradas pelos investigadores eram “apenas uma cobrança para que comandantes das Forças Armadas agissem e dessem uma resposta à pressão bolsonarista no fim do governo”. A informação é da CNN Brasil

    Braga Netto tem alegado que na época da troca das mensagens não ocupava cargos no governo Jair Bolsonaro (PL) e estaria sendo pressionado por militares da reserva e por bolsonaristas sobre o fim do mandato do então chefe do Executivo, não cabendo a ele tomar qualquer decisão neste sentido.  >>> Investigados por golpismo temem que Freire Gomes tenha revelado muito mais que Mauro Cid

    "Ainda segundo a versão do ex-ministro, a cobrança dele era para que comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira (FAB), e o então ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, dessem uma resposta para finalmente concluir uma transição de governo tranquila. Nessa conversas, o general costuma minimizar os xingamentos a outros militares, dizendo se tratar de uma linguagem comum entre integrantes das Forças Armadas”, destaca a reportagem. >>> Freire Gomes afirmou à PF que se opôs a Bolsonaro e ao Ministério da Defesa sobre golpe

    As mensagens revelaram críticas de Braga Netto ao então comandante do Exército, general  Freire Gomes, e orientações para ataques ao comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro Baptista Junior, a quem adjetivou de "traidor da pátria". O ex-ministro ainda determinou elogios ao almirante de esquadra Almir Garnier, então comandante da Marinha, que, segundo as investigações, teria concordado com um golpe de Estado.

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