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    Campanha de Bolsonaro pretende usar documento interno do PL para questionar resultado da eleição em caso de derrota

    Documento intitulado “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL no TSE” é visto como uma espécie de plano B para questionar a segurança das urnas eletrônicas

    Bolsonaro e urnas eletrônicas (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Rodolfo Buhrer)
    Paulo Emilio avatar
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    247 - A campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) divulgou nesta quarta-feira (28) um documento elaborado pelo partido para retomar a estratégia de questionamentos sobre a higidez do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas. O documento é visto na campanha bolsonarista como “o plano B” do presidente, caso seja derrotado por Lula no domingo. 

    “Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro”, diz um trecho do relatório do PL. 

    O material também levanta a suspeição sobre a “cadeia de fornecedores” de serviços de tecnologia ao TSE e sobre os boletins de urna. “Sem a assinatura eletrônica qualificada, com um certificado digital da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), os documentos gerados pela urna eletrônica, incluindo a zerésima, o registro do voto e o boletim de urna, não têm a garantia da presunção legal de que o seu conteúdo é legítimo e verdadeiro, definida em lei”, destaca um outro trecho do texto concluído no dia 19 de setembro.  

    >>> Presidente do PL, partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto reconhece que não há "sala secreta" no TSE (vídeo)

    Leia o documento do PL: 

    documento golpista PL


    A avaliação da campanha bolsonarista é que o documento do PL oferece um “verniz técnico” para justificar o  plano de não reconhecer a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ela se confirme no domingo, como apontam as pesquisas de pesquisas de intenção de voto. 

    Nesta quarta-feira (28), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, participou na companhia do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e outros presidentes de partido, de uma visita à sala de totalização de votos, na sede do TSE, em Brasília. Ele negou a existência de uma "sala secreta" no TSE onde supostamente os votos registrados nas urnas eletrônicas seriam contabilizados. 

    Jair Bolsonaro já acusou repetidas vezes o TSE de contabilizar os votos em uma suposta "sala secreta" visando levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. 


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