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    Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante alegam surpresa diante de operação da PF contra assessores e alegam 'perseguição'

    Segundo a PF, as investigações apontam um esquema no qual uma empresa de locação de veículos era usada para simular contratos de prestação de serviço

    (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

    247 - Os deputados federais bolsonaristas Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL do Rio de Janeiro, afirmaram nesta quinta-feira (19) ter recebido com surpresa a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de uso irregular de recursos da cota parlamentar. A ação incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra assessores dos parlamentares relacionados a contratos supostamente falsos com locadoras de veículos.

    Segundo as investigações da PF, a operação denominada "Rent a Car" aponta para a existência de um esquema no qual uma empresa de locação de veículos era usada para simular contratos de prestação de serviços. A corporação, de acordo com o jornal O Globo, alega que agentes públicos e empresários teriam firmado um "acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares". Entre os alvos estão funcionários ligados aos dois parlamentares.

    Ainda conforme a reportagem, Sóstenes Cavalcante confirmou que dois dos alvos da operação são seu motorista e a dona de uma empresa de aluguel de carros, que seria cunhada de seu funcionário e reside no estado de Tocantins. O deputado explicou que utiliza os serviços da empresa desde 2015, quando iniciou seu primeiro mandato, e que a cunhada do motorista adquiriu a empresa apenas neste ano.

    “Fiquei sabendo pela imprensa que seria um carro que alugo há muitos anos em Brasília e a mesma empresa alugaria também para o Jordy. Alugo na empresa desde meu primeiro mandato, sempre procurei o melhor preço, sempre fui muito cuidadoso com cota parlamentar, detalho cada abastecimento”, afirmou o parlamentar. “Tenho nada a esconder, podem revirar o que quiserem, não quero acreditar que seja mais um capítulo de perseguição contra parlamentares de direita”, completou.

    Já Carlos Jordy, também em declaração, afirmou ter "pouquíssimas informações" sobre o caso. “Ainda estou tentando entender exatamente o que está acontecendo. Não tenho muitas informações. Aliás, tenho pouquíssimas. Só sei que se trata de medida que envolve o aluguel do meu carro”, disse Jordy à reportagem.

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