Carrefour é "assassino", afirma Douglas Belchior após a morte de João Alberto Silveira Freitas
Ativista Douglas Belchior, do movimento Coalizão Negra por Direitos, classificou o Carrefour como uma empresa “assassina”, após a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado por dois seguranças em uma unidade da multinacional em Porto Alegre
247 - O ativista Douglas Belchior, do movimento Coalizão Negra por Direitos, repudiou o assassinato do homem negro João Alberto Silveira Freitas, em uma unidade do Carrefour, na noite dessa quinta-feira (19), em Porto Alegre.
“Todos às ruas em POA, contra o racismo. Nossos vereadores farão pronunciamento pela manhã. E tem ATO à tarde. Tudo em frente ao @carrefourbrasil assassino!”, publicou Douglas em suas redes sociais.
Os dois seguranças já estão presos. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro é da loja e está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.
Outras personalidades como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram repúdio nas redes sociais. "O racismo é a origem de todos os abismos desse país", disse ele.
De acordo com a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, o assassinato "mostra a persistência da violência escravocrata no Brasil".
Segundo números divulgados pelo Atlas da Violência 2020 em agosto deste ano, assassinatos de negros aumentaram 11,5% em dez anos e os de não negros caíram 12,9% no mesmo período. O relatório apontou que, em 2018, os negros representaram 75,7% das vítimas de todos os homicídios.
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