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    Celso Amorim: “militares estão sendo desmoralizados por Bolsonaro”

    Ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim critica a passividade dos militares diante da desmoralização rotineira que vem sendo impingida a eles por Jair Bolsonaro, como aconteceu recentemente com os generais Ramos e Pazuello. “Como os militares aturam isso?”, questiona

    Celso Amorim, general Ramos e Pazuello com Bolsonaro (Foto: Brasil 247 | PR | Reprodução)

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    247 - O embaixador Celso Amorim, que foi chanceler no governo Lula e ministro da Defesa no governo Dilma, tem ficado perplexo com a desmoralização dos militares no governo Bolsonaro. Em entrevista à TV 247, ele lembrou de dois casos recentes: o do general Ramos, chamado de “maria fofoca” por Ricardo Salles, considerado um dos piores ministros do atual governo, e do general Pazuello, que foi desautorizado na questão das vacinas. “Como os militares aturam isso?”, questiona. “Imaginem se algo assim acontece no governo Dilma”.

    Segundo Amorim, as Forças Armadas, em especial o Exército, pagarão um preço alto por apoiaram um projeto tão destrutivo como o de Jair Bolsonaro. Além da desmoralização dos militares, Amorim comentou a destruição do Itamaraty por Ernesto Araújo, que defende um Brasil-pária e é capaz de atacar a memória do poeta e diplomata João Cabral de Melo Neto.  “O Itamaraty também está sendo desmoralizado pelo próprio chanceler”, diz Amorim.  “Quem é o Ernesto Araújo para julgar o João Cabral de Melo Neto?”

    O ex-chanceler também falou sobre a importância da eleição nos Estados Unidos. “A anormalidade brasileira hoje está à sombra de outra anormalidade, a do Trump”, diz ele. Uma eventual derrota republicana, diz ele, abriria espaço para uma relação mais civilizada entre os países da América Latina e os Estados Unidos. 

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