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    Chefe na Receita teve 'encontros secretos' no Planalto em dias de invasão de dados de desafetos de Bolsonaro

    Ricardo Feitosa visitou Palácio do Planalto e teve como destino gabinete de Augusto Heleno no dia em que acessou ilegalmente informações de Gustavo Bebianno e Paulo Marinho

    Paulo Marinho e Jair Bolsonaro (Foto: ABR)

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    247 - O ex-chefe da inteligência da Receita Federal Ricardo Pereira Feitosa compareceu ao Palácio do Planalto um dia antes de iniciar a investigação ilegal em dados sigilosos de desafetos do então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Posteriormente, no dia em que concluiu a devassa, Feitosa voltou ao Palácio, especificamente ao gabinete do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno. A informação é da Folha de S. Paulo.

    O jornal obteve planilhas do sistema de entrada e saída do Palácio do Planalto que registram que o então chefe de inteligência da Receita Federal entrou pela primeira vez no local em 9 de julho de 2019. No entanto, os documentos não especificam o destino do indivíduo dentro do Palácio.

    No dia seguinte à sua primeira entrada no Palácio do Planalto, em 10 de julho de 2019, Feitosa realizou os primeiros acessos ilegais às bases de dados da Receita Federal e copiou informações fiscais sigilosas do então procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, que coordenava as investigações do caso das "rachadinhas", cujo principal alvo era Flávio Bolsonaro. Além disso, Feitosa também acessou os dados do ex-ministro Gustavo Bebianno e do empresário Paulo Marinho, que costumavam ser próximos da família presidencial, mas haviam rompido relações.

    >>> Receita já identificou servidores que invadiram dados de desafetos do bolsonarismo

    Seis dias depois, em 16 de julho, Feitosa realizou mais um acesso ilegal às informações de Bebianno e Marinho nas bases de dados da Receita Federal, incluindo os dados da esposa do empresário, Adriana Marinho. Às 17h45 do mesmo dia, o então chefe de inteligência da Receita Federal retornou ao Planalto, sendo registrado nas planilhas que seu destino específico era o gabinete de Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Bolsonaro.

    Durante esses dias, não há registro de compromissos oficiais na agenda pública de Jair Bolsonaro ou do general Augusto Heleno com ex-coordenador do setor de Pesquisa e Investigação da Receita Federal.

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