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      Cimi: Bolsonaro precisa respeitar a Constituição e parar de incentivar ataques aos índios

      Ao comentar o ataque de garimpeiros ao povo Wajãpi, no Amapá, o Conselho Indigenista Missionário cobra um basta na violência contra povos indígenas; "O Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país"

      247 - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou neste domingo, 28, nota condenando o ataque de garimpeiros aos índios da etnia Wajãpi, no Amapá, que resultou no assassinato da líderança indígena Emvra Wajãpi. 

      O Cimi afirma que a política do presidente Jair Bolsonaro, que incentiva agressão e ódio contra os povos indígenas, contribuiu para o ataque de garimpeiros. 

      "Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país", diz o Cimi. 

      Neste domingo (28), os indígenas do Conselho das Aldeias Wajãpi divulgaram mais informações sobre a invasão de garimpeiros na aldeia Mariry, no Amapá, que ocorre há pelo menos quatro dias.

      No documento foi divulgado que, na segunda-feira (22), o chefe Emvra Wajãpi foi assassinado na região da aldeia Waseity, próxima à aldeia Mariry. A morte não foi diante de nenhum Wajãpi, que receberam a notícia do assassinato do cacique na manhã de terça-feira (23) (leia mais no Brasil 247).

      Leia, abaixo, a nota do Cimi na íntegra:

      Nota do Cimi sobre o assassinato de liderança na Terra Indígena Wajãpi:  

      O Cimi recebe com imensa preocupação e pesar as notícias de ataque de garimpeiros e assassinato de uma liderança do povo Wajãpi, no estado do Amapá. Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país.  

      Esperamos que os órgãos e autoridades públicas tomem medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi. Esperamos também que o governo Bolsonaro adote medidas amplas de combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas no país.  

      Por fim, o Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país.  

      Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro.  

      Conselho Indigenista Missionário-Cimi  

      Brasília, 28 de julho de 2019

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