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    Com novos bloqueios, Capes anuncia que não tem dinheiro para pagar 200 mil bolsas de mestrado e doutorado

    Novo congelamento de recursos financeiros do governo Bolsonaro ao MEC vai impossibilitar o pagamento de mais de 200 mil bolsas de estudos

    Jair Bolsonaro e Universidade de Brasília (UnB) (Foto: ABr | Reprodução)

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    247 - Mais de 200 mil bolsas destinadas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado não serão pagas. A informação foi confirmada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), em nota divulgada nesta terça-feira (6). Segundo a instituição, com os novos bloqueios do governo Bolsonaro à Educação, não terá dinheiro para pagar aos pesquisadores nesta quarta (7).

    No comunicado dirigido à comunidade acadêmica, alunos e pesquisadores, a Capes informou que o decreto do governo Bolsonaro congelou recursos financeiros impedindo, além do pagamento das bolsas, a manutenção administrativa da entidade.

    “A CAPES foi surpreendida com a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, que zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro (Anexo II), impondo idêntica restrição a praticamente todos os Ministérios e entidades federais. Isso retirou da CAPES a capacidade de desembolso de todo e qualquer valor - ainda que previamente empenhado - o que a impedirá de honrar os compromissos por ela assumidos, desde a manutenção administrativa da entidade até o pagamento das mais de 200 mil bolsas, cujo depósito deveria ocorrer até amanhã, dia 7 de dezembro”, diz trecho da nota. 

     A Capes informou, ainda, que cobrou das autoridades celeridade na liberação dos recursos "não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores".

    O decreto do governo federal zerou a verba do MEC destinada a despesas consideradas "não obrigatórias", como bolsas estudantis, salários de funcionários terceirizados e pagamento de contas de luz e de água.

     Leia a íntegra da nota da Capes: 

    NOTA OFICIAL - Restrições orçamentárias e financeiras impostas à CAPES

    À comunidade acadêmica, aos alunos e aos pesquisadores vinculados à CAPES

    A CAPES recentemente sofreu dois contingenciamentos impostos pelo Ministério da Economia, o que a obrigou a tomar imediatamente medidas internas de priorização, adotando como premissa a necessidade urgente de assegurar o pagamento integral de todas as bolsas e auxílios, de modo que nenhuma das consequências dessas restrições viesse a ser suportada pelos alunos e pesquisadores vinculados à Fundação.

    Não obstante, mesmo após solucionados os problemas acima, a CAPES foi surpreendida com a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, que zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro (Anexo II), impondo idêntica restrição a praticamente todos os Ministérios e entidades federais.

    Isso retirou da CAPES a capacidade de desembolso de todo e qualquer valor - ainda que previamente empenhado - o que a impedirá de honrar os compromissos por ela assumidos, desde a manutenção administrativa da entidade até o pagamento das mais de 200 mil bolsas, cujo depósito deveria ocorrer até amanhã, dia 7 de dezembro.

    Diante desse cenário, a CAPES cobrou das autoridades competentes a imediata desobstrução dos recursos financeiros essenciais para o desempenho regular de suas funções, sem o que a entidade e seus bolsistas já começam a sofrer severa asfixia.

    As providências solicitadas se impõem não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores.

    A CAPES seguirá seus esforços para restabelecer os pagamentos devidos a seus bolsistas tão logo obtenha a supressão dos obstáculos acima referidos.

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

    (Brasília – Redação CGCOM/CAPES)

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