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    Daniel Silveira gasta quase 100 mil de verba pública para contratar empresas de conteúdo para redes sociais

    Extremista gastou R$ 97.300 em dinheiro público para supostamente alimentar páginas que estão fora do ar

    Daniel Silveira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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    247 - Proibido há 15 meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de manter contas ativas em redes sociais, o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pagou R$ 97.300 a duas empresas para que acompanhassem suas redes neste mesmo período e produzissem material de divulgação do mandato, mesmo sem haver plataforma para divulgá-lo. A reportagem é de  Thiago Herdy, no portal UOL.

    O bloqueio das contas de Silveira no Instagram, no Facebook e no Twitter foi determinado em fevereiro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que considerou que ele continuava publicando ofensas ao Judiciário depois de ter sido preso.Na mesma época, Silveira foi orientado por seu advogado a deixar seu site inativo, sugestão que foi atendida. Desde então a página está praticamente sem publicações.

    Desde a proibição de manter redes sociais ativas, em fevereiro do ano passado, Silveira solicitou à Câmara dos Deputados reembolso para 11 notas fiscais emitidas por duas empresas ligadas ao profissional de marketing Marlon Teixeira de Castro, de 32 anos, com valores entre R$ 7.000 e R$ 10.300. As notas totalizam R$ 97.300.

    Castro atua em Petrópolis (RJ), base eleitoral do deputado, onde presta serviços a lojas e pequenas empresas.

    As notas trazem redação idêntica e previsão de pagamentos pelo "acompanhamento de redes sociais e do site do deputado Daniel Silveira, com disponibilidade para elaboração de material gráfico para a divulgação do mandato parlamentar". Elas mencionam a produção de materiais para canais digitais e impressos, como informativos e panfletos.

    A reportagem perguntou a Marlon que acompanhamento de perfis de redes sociais do deputado foi realizado, já que estavam todas fora do ar. Perguntou também que material foi produzido para o site, já que não o conteúdo não é atualizado desde o início do ano passado.

    "Fomos contratados para divulgação das atividades parlamentares do mandato do deputado. Isso inclui qualquer material sob demanda da divulgação do mesmo", respondeu. A reportagem pediu a ele que especificasse o que foi produzido, mas não houve resposta.

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