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      Defesa de Bolsonaro nega envolvimento, mas delação de Cid liga o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro

      Segundo a denúncia da PGR, a atuação de Bolsonaro foi fundamental para a manutenção de acampamentos em frente aos quartéis

      Estátua do STF 'A Justiça' vandalizada no 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - A defesa de Jair Bolsonaro continua afirmando que o ex-presidente não teve nenhuma influência nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. No entanto, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid apontam que Bolsonaro foi figura fundamental para a manutenção dos acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis. As informações são do g1.

      Segundo a denúncia da PGR, o ex-presidente não só deu ordem para as Forças Armadas não desmobilizarem os acampamentos montados por bolsonaristas à frente dos quartéis como também contava com a mobilização popular para dar apoio a uma eventual intervenção militar. Já a delação de Cid aponta que Bolsonaro contava com os movimentos em frente aos quartéis para convencer o Exército a aderir ao golpe. O comandante da Marinha, Almir Garnier, era favorável ao golpe, mas afirmava que, para a trama dar certo, o Exército precisaria apoiar. 

      A defesa de Bolsonaro insiste na linha de que não há nenhuma prova indicando que isso tenha acontecido de fato. O ex-presidente não teria influenciado e participado das decisões que levaram  a um ato de violência para tentar dar um golpe, o que seria necessário para enquadrá-lo em crime contra o Estado Democrático de Direito. 

      Os advogados admitem que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta para anular as eleições, mas não a assinou por avaliar que ela não teria respaldo no Congresso. O próprio ex-presidente admite que apresentou o documento aos comandantes das Forças Armadas.

      Para a Polícia Federal, o general Walter Braga Netto era o elo entre Bolsonaro e os manifestantes acampados em frente aos quartéis, que fariam os ataques de 8 de janeiro semanas depois. 

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