Denúncia contra Bolsonaro evidencia divisões na extrema-direita brasileira
A denúncia também trouxe à tona discussões sobre o futuro da direita e quem poderia assumir a liderança do campo conservador nas próximas eleições
247 - A recente denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de tentativa de golpe de Estado, gerou reações diversas entre as principais figuras da direita brasileira. Enquanto alguns líderes optaram por manifestar solidariedade a Bolsonaro, outros mantiveram silêncio, evidenciando uma divisão no campo conservador.
Conforme reportado pelo O Globo, nomes como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Ricardo Nunes, prefeito da capital paulista, expressaram apoio ao ex-presidente e criticaram a atuação da PGR. Em contrapartida, líderes como Ronaldo Caiado, governador de Goiás, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Ratinho Jr., do Paraná, optaram por não se pronunciar sobre a denúncia. Essa postura repete o comportamento adotado anteriormente, quando do indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal, indicando uma estratégia de distanciamento em momentos de crise.
A denúncia da PGR, que acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o objetivo de subverter a ordem democrática, também inclui outros 34 indivíduos, entre eles militares de alta patente e ex-ministros. As acusações abrangem crimes como tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada, podendo resultar em penas significativas caso sejam confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Analistas políticos apontam que o silêncio de algumas lideranças pode ser uma estratégia calculada, visando medir a reação da opinião pública antes de se posicionarem.
A denúncia também trouxe à tona discussões sobre o futuro da direita brasileira e quem poderia assumir a liderança do campo conservador nas próximas eleições. Com a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, figuras como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema são frequentemente mencionadas como possíveis sucessores. No entanto, divergências internas e disputas por protagonismo podem fragmentar ainda mais o grupo, dificultando a consolidação de uma liderança unificada.
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