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    Deputados do PT denunciam Bolsonaro e Damares no MPF por genocídio de yanomamis

    Reginaldo Lopes, Zeca Dirceu, Alencar Santana e Maria do Rosário querem que seja instalado Procedimento de Investigação Criminal, inclusive contra ex-presidentes da Funai

    (Foto: Mídia NINJA | Condisi-YY/Divulgação)

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    247 - Os deputados Reginaldo Lopes, Zeca Dirceu, Alencar Santana e Maria do Rosário (PT-RS), da bancada federal do PT, protocolaram na Procuradoria da República no Distrito Federal notícia-crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-ministra Damares Alves (REPUBLICANOS–DF) e contra todos os ex-presidentes da Funai durante a gestão bolsonarista. Eles pedem a responsabilização criminal e civil pelo genocídio dos povos Yanomamis em Roraima.

    Na ação, os parlamentares descrevem a situação do povo indígena:

    “Crianças e adultos em situação de elevada subnutrição, cadavéricas, numa realidade que não deveria existir num País que, ano após ano, tem recordes na sua produção agrícola e alimenta diversas Nações e povos. Ademais, para além das elevadas carências alimentares, diversas doenças vem acometendo a comunidade indígena Yanomami, sem que as autoridades ora representadas, quando tinham a responsabilidade e o dever constitucional de agir para evitar a tragédia, tenham adotado quaisquer providências” (...) “A responsabilidade por essa tragédia é conhecida no Brasil e no mundo. Na verdade, além da omissão dolosa, o primeiro Representado é diretamente responsável por autorizar, incentivar e proteger o garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami e em várias regiões da Amazônia.”

    Os deputados querem que seja instaurado um Procedimento de Investigação Criminal contra Bolsonaro, Damares e os ex-presidentes da Funai.

    O sofrimento dos yanomamis, com mortos e doentes, a maioria crianças, veio a público neste sábado, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai), na zona rural de Boa Vista, Roraima. "O que vi em Roraima foi genocídio", disse em Lula, no Twitter.

    Em sua rede social, a deputada Maria do Rosário sem manifestou e publicou vídeo com manifestação de Bolsonaro, em que, pré-candidato a presidente, disse que não haveria um centímetro de terra indígena ou quilombola demarcado. "O crime contra os Yanomami e o povo brasileiro, sobretudo o indígena, foi premeditado, anunciado e tristemente aplaudido", disse. "Se você aplaudiu, foi cúmplice. Se você calou, foi conivente. Seu gesto também é responsável por estes crimes", acrescentou.

    Leia a íntegra da notícia-crime protocolada na Procuradoria da República no Distrito Federal: 


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